quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Progresso na Igreja

Não pode haver progresso na disciplina da Igreja de Cristo? Mas certamente que tem de haver, e progresso considerável! Quem poderá ser tão invejoso dos homens e inimigo de Deus que tente opor-se a ele? Mas desde que se trate de verdadeiro progresso, e não de alterações à fé. É necessário, pois, que aumentem e progridam fortemente, quer num homem só, quer na Igreja inteira, no decurso dos tempos e dos séculos, a inteligência, a ciência e a sabedoria; mas é necessário que cada uma delas progrida segundo a sua natureza própria, isto é, na mesma doutrina, no mesmo sentido, na mesma afirmação.
Que a religião das almas imite, pois, o desenvolvimento dos corpos que, ainda que evoluam e aumentem com o passar dos anos, continuam a ser o que eram. Há grande diferença entre a eclosão da infância e os frutos da velhice, mas é sempre a mesma pessoa, a que passa da infância à idade madura. É sempre o mesmo homem, aquele cuja estatura e cujas maneiras se modificam, mantendo ele a mesma natureza, permanecendo ele uma só e a mesma pessoa. Os membros das crianças são pequenos, os dos jovens são grandes; mas são sempre os mesmos, os que já existiam no embrião.
Também a fé cristã deve seguir estas leis do progresso, a fim de se fortalecer com os anos, de se desenvolver com o tempo, de se enobrecer com a idade. Os nossos pais semearam o fermento da fé para a colheita da Igreja. Seria injusto e chocante que nós, os seus descendentes, em vez do trigo da verdade autêntica, recolhêssemos o erro fraudulento do joio (Mt 13, 24 ss.). Pelo contrário, é justo e é lógico que não haja discordância entre os começos e o fim, e que recolhamos esse trigo que se desenvolveu a partir da sementeira do mesmo trigo. Assim, embora uma parte das primeiras sementes deva evoluir com o tempo, convirá sempre fertilizá-las e aperfeiçoar o seu cultivo.

São Vicente de Lerins (?-antes de 450), Monge

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

A Missão

O nosso tempo, com uma humanidade em movimento e insatisfeita, exige um renovado impulso na actividade missionária da Igreja. Os horizontes e as possibilidades da missão alargam-se, e é-nos pedida, a nós cristãos, a coragem apostólica, apoiada sobre a confiança no Espírito. Ele é o protagonista da missão!
Na história da humanidade, há numerosas viragens que estimulam o dinamismo missionário, e a Igreja, guiada pelo Espírito, sempre respondeu com generosidade e clarividência. Também não faltaram os frutos! Pouco tempo atrás, celebrou-se o milénio da evangelização da Rússia e dos povos eslavos, estando para se celebrar o quincentésimo aniversário da evangelização das Américas; foram entretanto comemorados, de forma solene, os centenários das primeiras missões em vários Países da Ásia, da África e da Oceania.
A Igreja deve hoje enfrentar outros desafios, lançando-se para novas fronteiras, quer na primeira missão ad gentes, quer na nova evangelização dos povos que já receberam o anúncio de Cristo: A todos os cristãos, às Igrejas particulares e à Igreja universal, pede-se a mesma coragem que moveu os missionários do passado, a mesma disponibilidade para escutar a voz do Espírito.
João Paulo II

sábado, fevereiro 24, 2007

Tentações de Jesus

"Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem.» Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver. Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.» Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.» Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo, pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem; e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.» Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo." (São Lucas 4, 1-13)

O diabo atacou o primeiro homem, nosso pai, com uma tripla tentação: tentou-o pela gulosice, pela vaidade e pela avidez. A sua tentativa de sedução resultou, pois que o homem, ao dar o seu consentimento, ficou então submisso ao diabo. Tentou-o pela gulosice, mostrando-lhe na árvore o fruto proibido e convidando-o a comê-lo; tentou-o pela vaidade, dizendo-lhe: “sereis como deuses”; tentou-o enfim pela avidez, ao dizer-lhe: “conhecereis o bem e o mal” (Gn 3,5). Porque ser ávido, não é apenas desejar o dinheiro, mas também toda a situação vantajosa, desejar, para além do razoável, toda a situação elevada…

O diabo foi vencido por Cristo que ele tentou de um modo semelhante àquele pelo qual ele tinha vencido o primeiro homem. Como da primeira vez, ele tentou-o pela gulosice: “ordena a estas pedras que se transformem em pães”; pela vaidade: “se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo”; pelo desejo violento de uma bela situação, quando ele lhe mostra todos os reinos do mundo e lhe diz: “dar-te-ei tudo isto, se caíres a meus pés e me adorares”...

É necessário chamar a atenção para uma coisa na tentação do Senhor: tentado pelo diabo, o Senhor ripostou com os textos da Santa Escritura. Teria podido lançar o seu tentador no abismo pelo Verbo que era ele próprio. E contudo não recorreu ao seu poderoso poder; apenas pôs em primeiro lugar os preceitos da Santa Escritura. Mostra-nos assim como suportar a prova, de modo que, assim que os maus nos fazem sofrer, sejamos impelidos a recorrer à boa doutrina em lugar da vingança. Comparai a paciência de Deus com a nossa impaciência. Nós, quando recebemos injúrias ou sofremos uma ofensa, na nossa fúria vingamo-nos tanto quanto podemos, ou ameaçamos fazê-lo. O Senhor, ele, suporta a adversidade do diabo respondendo-lhe apenas com palavras de paz.

S. Gregório Magno (c 540-604), Papa, Doutor da Igreja

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Trabalhar SEMPRE

Hoje não persuadi o meu ouvinte, mas talvez o persuada amanhã, ou talvez dentro de três ou quatro dias. Às vezes, o pescador que em vão lançou as redes durante todo o dia apanha à noite, quando se vai embora, o peixe que não conseguiu pescar durante o dia. O lavrador não deixa de cultivar a terra mesmo que não obtenha grandes colheitas durante vários anos; por fim, é frequente um só ano reparar, e com abundância, todas as perdas anteriores.
Deus não nos pede que tenhamos sucesso, mas que trabalhemos; ora, o nosso trabalho não será menos recompensado por não termos sido escutados. Cristo sabia perfeitamente que Judas não se converteria; e contudo, tentou convertê-lo até ao fim, censurando-lhe o seu pecado em termos comoventes: “Amigo, a que vieste?” (Mt 26, 50). Ora, se Cristo, que é o modelo dos pastores, trabalhou até ao fim pela conversão de um homem desesperado, quanto devemos fazer nós por aqueles por quem nos foi ordenado que esperemos sempre!
São João Crisóstomo

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Até quando...

Irmãos, não permaneçamos descuidados nem despreocupados; não adiemos sempre para amanhã ou para mais tarde o pormo-nos ao trabalho. "É agora o momento favorável, diz o apóstolo, é hoje o dia da salvação" (2Co 6,2). Agora, é o tempo da penitência; mais tarde, será o da recompensa. Agora, é o tempo da perseverança; um dia, virá o da consolação. Agora, Deus vem em auxílio dos que se afastam do mal; mais tarde, Ele será o juiz dos actos, das palavras e dos pensamentos dos homens. Hoje, tiramos proveito da sua paciência; na ressurreição, quando cada um receber segundo as suas obras, conheceremos a justiça dos seus juizos.
Até quando tardaremos então a obedecer a Cristo que nos chama para o seu Reino celeste? Não nos purificaremos? Não nos decidiremos a abandonar o nosso modo de vida habitual para seguir a fundo o Evangelho?
S. Basílio (cerca de 330 - 379), Monge e Bispo de Cesareia na Capadócia
Doutor da Igreja

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso"

«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica. Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames. O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.» «Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.» S. Lucas 6,27-38
Se a nossa caridade fosse acompanhada de compaixão e de pena, não daríamos tanta atenção aos defeitos do próximo, de acordo com a palavra que diz: "A caridade cobre uma multidão de pecados" (1Pe 4,8) e também: "A caridade não se atarda no mal, desculpa tudo" (1Co, 13,5.7). Por isso, se tivéssemos caridade, essa mesma caridade cobriria toda a falta e nós seríamos como os santos quando vêem os defeitos dos homens. Será então que os santos são cegos a ponto de não verem os pecados? Mas haverá quem deteste tanto o pecado como os santos? E, contudo, eles não odeiam o pecador, não o julgam, não o evitam. Pelo contrário, compadecem-se dele, exortam-no, consolam-no, tratam-no como a um membro doente; fazem tudo para o salvar... Quando uma mãe tem um filho deficiente, não se afasta dele com horror mas tem gosto em vesti-lo bem e em tudo fazer para o embelezar. É assim que os santos protegem sempre o pecador e se ocupam dele para o corrigirem no momento oportuno, para o impedirem de prejudicar outrem e, assim, para eles próprios progredirem na caridade de Cristo...
Adquiramos, pois, também nós, a caridade; adquiramos a misericórdia para com o próximo, para nos defendermos da terrível maledicência, do julgamento e do desprezo. Prestemos socorro uns aos outros, como se fossem os nossos próprios membros... Porque "somos membros uns dos outros", diz o apóstolo Paulo (Rm 12,5); "se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele" (1Co 12,27)... Numa palavra, tende cuidado, cada qual à sua maneira, em permanecer unidos uns aos outros. Porque, quanto mais unido se está ao próximo, tanto mais se está unido a Deus.
Doroteu de Gaza (cerca de 500 - ?), monge na Palestina

Seguir a Cristo

"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me."
Quando o Senhor nos diz no evangelho: “Se alguém quer vir após Mim, renuncie a si mesmo”, achamos que Ele nos manda fazer uma coisa difícil, e consideramos que nos impõe um fardo pesado. Mas se Aquele que manda nos ajuda a realizar aquilo que manda, deixa de ser difícil cumpri-lo.
Para onde devemos seguir Cristo senão para onde Ele foi? Ora, nós sabemos que Ele ressuscitou e subiu aos céus; é para aí que temos de O seguir. Não devemos deixar-nos tomar pelo desespero porque, se nada podemos por nós mesmos, contamos com a promessa de Cristo. O céu estava longe de nós antes da nossa Cabeça ter ascendido até ele. A partir de agora, se somos membros do corpo a que esta Cabeça pertence (Col 1, 18), por que havemos de desesperar de chegar ao céu? Se nesta terra são muitas as preocupações e os sofrimentos que nos afligem, sigamos a Cristo, em quem se encontram a felicidade perfeita, a paz suprema e a tranquilidade eterna.
Mas o homem desejoso de seguir a Cristo ouvirá esta palavra do apóstolo João: “Aquele que diz que está nele deve também andar como Ele andou” (1 Jo 2, 6). Queres seguir a Cristo? Sê humilde, como Ele foi humilde. Queres juntar-te a Ele nas alturas? Não desprezes o Seu sofrimento.
São César de Arles -- Monge e Bispo

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Caridade e Generosidade

Se há uma coisa que sempre nos garantirá o céu, são os actos de caridade e de generosidade com que tivermos preenchido a nossa existência. Saberemos jamais o bem que pode fazer um simples sorriso? Proclamamos que Deus acolhe, compreende, perdoa. Mas somos a prova viva disso que proclamamos? Os outros detectam em nós esse acolhimento, essa compreensão e esse perdão, vivos? Sejamos sinceros nas nossas relações uns com os outros; tenhamos a coragem de nos aceitar uns aos outros tal como somos. Não nos deixemos espantar nem preocupar com os nossos fracassos nem com os fracassos dos outros; antes, vejamos o bem que há em cada um de nós; descubramo-lo, porque todos nós fomos criados à imagem de Deus.
Não esqueçamos que ainda não somos santos, mas que nos esforçamos por sê-lo. Sejamos, pois, extremamente pacientes com os nossos pecados e com as nossas quedas. Não te sirva a língua senão para o bem dos outros, “porque a boca fala da abundância do coração”. Temos de ter alguma coisa no coração para podermos dar; aqueles cuja missão é dar têm primeiro de crescer no conhecimento de Deus.

Madre Teresa de Calcutá

sábado, fevereiro 10, 2007

Oportunidade para TODOS (Outra vez...)

«Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.» (Sao Mateus 19, 14)
Apòs a concepçao, ja existe um ser humano, porque nasceu de uma relaçao a tres: pai, mae, e Deus, criador da Vida. A partir do primeiro dia, jà temos definidos a nossa personalidade e tantas outras coisas. Deus diz-nos que jà nos conhece ainda no ventre materno; nao è so a partir das 10 semanas, mas sim desde o primeiro momento: “Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei”. (Jeremias 1,5)
Deus disse: amai-vos e multiplicai-vos; Ele nao disse: amai-vos e matai-vos.
Nao se pode resolver um problema de um ser humano matando outro.
Criemos condiçoes sim, para que todas as mulheres tenham o apoio necessàrio para gerar no seu seio a vida, e nao a morte. È importante investir sim, no acompanhamento, antes e depois do parto.
Deixemos vir ao mundo todos os seres humanos. Deixar que tenham uma oportunidade de conhecer Cristo. Conhecer aquele que è o Dono da Vida, para que possam beber da fonte de Amor e de Felicidade que Dele brota.
Nelson Viana

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Dar a vida a Quem nos deu a Vida

O Senhor dirá àqueles que desprezaram a Sua misericórdia:

“Homem, fui Eu que, com as Minhas mãos, te formei do pó da terra, fui Eu que insuflei o espírito no teu corpo de terra, fui Eu que Me dignei atribuir-te à Nossa imagem e à Nossa semelhança, fui Eu que te coloquei no meio das delícias do paraíso. Mas tu, desprezando os mandamentos da vida, preferiste seguir o sedutor a seguir o Senhor."

“Consequentemente, quando foste expulso do paraíso e ficaste preso nas cadeias da morte pelo pecado, enternecido de misericórdia, Eu entrei num seio virginal para vir ao mundo, sem prejuízo para essa virgindade. Fui estendido numa manjedoura, envolvido em panos; suportei os dissabores da infância e os sofrimentos humanos, pelos quais Me fiz semelhante a ti, com o único objectivo de te tornar semelhante a Mim. Suportei as bofetadas e os escarros daqueles que se riam de Mim, bebi vinagre com fel. Flagelado com varas, coroado de espinhos, pregado à cruz, trespassado pela lança, entreguei a alma aos tormentos para te arrancar à morte. Vê a marca dos cravos com que fui pregado; vê o Meu lado trespassado de feridas. Suportei estes sofrimentos para te dar a Minha glória; suportei a tua morte para tu vivesses para toda a eternidade. Repousei, encerrado no sepulcro, para que tu reinasses no céu."

“Por que perdeste aquilo que sofri por ti? Por que renunciaste às graças da tua redenção? Dá-Me a tua vida, pela qual dei a Minha; dá-Me a tua vida, que destróis sem cessar pelos ferimentos dos teus pecados.”

São César de Arles (470-543), Monge e Bispo

terça-feira, fevereiro 06, 2007

SIM OU NAO ( Mais um vez...)

Com liberdade, responda a estas 10 perguntas. No final, some os "Sim" e os "Não". Terá descoberto, através deste Exercício de Amor, qual o sentido de voto que a sua consciência lhe pede.

1 - A uma mulher com dificuldades na vida, é a morte do filho que a sociedade oferece?
2 - Liberalizar o aborto torna a sociedade solidária?
3 - A mulher é mais digna, por poder abortar?
4 - Uma sociedade que nega o direito a nascer, respeita os Direitos Humanos?
5 - É maior o direito da mãe a abortar, do que o direito da criança a viver?
6 - Sem razão clínica, abortos são cuidados de saúde?
7 - Concorda que a saúde de outras mulheres fique à espera? (para que o aborto se faça até às 10 semanas)
8 - Aborto "a pedido da mulher". Há filho sem pai?
9 - Quem engravida gera um filho. Mata-se o filho?
10 - É-se mais humano às 10 semanas e 1 dia do que às 10 semanas?

domingo, fevereiro 04, 2007

«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»

"Encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus, Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.» Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.» Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando. Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus." (Sao Lucas 5, 1-11 )
Como é grande a bondade de Cristo! Pedro foi pescador, e agora um orador merece um grande elogio se é capaz de compreender este pescador. Por isso o apóstolo Paulo disse ao dirigir-se aos primeiros cristãos: “Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação; não há entre vós muitos sábios, segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. Mas o que é louco segundo o mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; o que é fraco segundo o mundo, é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que é vil e desprezível no mundo, é que Deus escolheu, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são” (1 Cor 1, 26-28).
Porque se Cristo tivesse escolhido em primeiro lugar um orador, o orador teria podido dizer: “Fui escolhido pela minha eloquência”. Se ele tivesse escolhido um senador, o senador teria podido dizer: “Fui escolhido por causa do meu cargo”. Enfim, se tivesse escolhido um imperador, o imperador teria podido dizer: “Fui escolhido devido ao meu poder”. Que essas pessoas esperem um pouco, que se mantenham tranquilas. Não serão esquecidas nem rejeitadas; que esperem um pouco, porque elas se podem glorificar do que são por si próprias.
“Dá-me, disse Cristo, este pescador, dá-me este homem simples e sem instrução, dá-me aquele com o qual o senador não se digna falar, mesmo quando lhe compra um peixe. Sim, dá-me este homem. Assim que eu o tiver preenchido, ver-se-á claramente que sou apenas eu que ajo. É verdade, concluirei também a minha obra no senador, no orador e no imperador…, mas a minha acção será mais evidente no pescador. O senador, o orador e o imperador podem gloriar-se daquilo que são: o pescador, unicamente de Cristo. Que o pescador venha ensinar-lhes a humildade que procura a salvação. Que o pescador passe primeiro.”
Santo Agostinho

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

As Tentaçoes

As tentações não devem atemorizar-te; através delas, Deus quer experimentar e fortalecer a tua alma e dá-te, ao mesmo tempo, a força para as venceres. Até agora, a tua vida tem sido a de uma criança; doravante, o Senhor quer tratar-te como adulto. Ora as provas de um adulto são bem superiores às da criança e isso explica porque ficas tão perturbado no início. Mas a vida da tua alma depressa encontrará a sua calma: isso não tardará. Tem ainda um pouco de paciência e tudo correrá bem.
Abandona, pois, essas vãs apreensões. Lembra-te de que não é a sugestão do Maligno que faz a falta, mas antes o consentimento que deres a essas sugestões. Só uma vontade livre é capaz do bem e do mal. Mas, quando a vontade geme sob o peso da prova que o Tentador inflige e não quer o que ele lhe propõe, isso não só não é uma falta como é uma virtude.
Livra-te de cair na agitação, lutando contra as tentações, porque isso apenas lhes dará força. É preciso tratá-las com desprezo e não te ocupares com elas. Volta o teu pensamento para Jesus crucificado, para o seu corpo deposto nos teus braços e diz: "Eis a minha esperança, a fonte da minha alegria! Agarro-me a ti com todo o meu ser e não te largarei antes que me tenhas posto em lugar seguro".

Santo [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968)
Capuchinho

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Vida Interior

A vida interior é primordial. A vida activa é uma consequência da vida interior, e só tem valor se dela depender. Queremos fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da nossa actividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada.
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida interior. Se verdadeiramente se trata da vida espiritual, é necessário accionar os meios sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é imprescindível.
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar preparados para a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a conseguir.
São Maximiliano Kolbe (1849-1941) Franciscano, Mártir
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