sexta-feira, outubro 26, 2007

Informação

Olá amigos e amigas. Gostaria de informar que vou estar algum tempo sem fazer publicações. Desde já apresento as minhas sinceras desculpas. Um abraço amigo. Até breve.

domingo, outubro 21, 2007

Evangelho do Dia - " Orar sempre..."

"Jesus disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.' Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (São Lucas 18, 1-8)
Passei a minha vida rodeado pelo bem e pelos pecados e, ao longo do meu sexagésimo ano, reconheci a força que o hábito tem. A alma e a inteligência podem também adquirir hábitos. E o homem faz aquilo a que está habituado. Se está habituado ao pecado, será constantemente atraído pelo pecado e os demónios levá-lo-ão a isso; mas, se tem o hábito do bem, Deus assisti-lo-á com a sua graça.
Se ganhares o hábito de rezar sem cessar, de amar o teu próximo e de chorar pelo mundo inteiro durante a tua oração, a tua alma será atraída para a oração, para as lágrimas e para o amor. E, se te habituares a dar esmolas, a ser obediente, a estar aberto aos conselhos do teu confessor, agirás constantemente desse modo e encontrarás assim a paz em Deus.
São Siluane (1866-1938)
Monge ortodoxo

sábado, outubro 20, 2007

Perdoar e aceitar os outros como Jesus nos ensinou

"Pedro aproximou-se do Senhor e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.»" (Mateus 18, 21-22)
JESUS:
--Aceitou Pedro, mesmo este tendo-O negado três vezes;
--Perdoou a mulher, mesmo tendo esta cometido adultério;
--Aceitou Natanael, mesmo tendo este dito " Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?";
--Perdoou o ladrão, mesmo quando este já estava a ser crucificado;
--Aceitou Tomé, mesmo tendo este dito " Só acredito se ver as suas cicatrizes";
--Pediu perdão ao Pai por aqueles que o mataram.
Ainda hoje, Jesus continua a aceitar-nos como somos e a perdoar-nos. Também nós somos convidados por Ele a fazer o mesmo, em relação a todas as pessoas que nos rodeiam. Aprendamos a viver a Sua mensagem, metendo-a em prática. À luz do Evangelho, "Amemo-nos uns aos outros, como Ele nos amou".

sexta-feira, outubro 19, 2007

Perdoar

João Paulo 2 perdoa Ali Agca pelo atentado
As famílias, os grupos, os Estados, a própria Comunidade internacional, necessitam de abrir-se ao perdão para restaurar os laços interrompidos, superar situações estéreis de mútua condenação, vencer a tentação de excluir os outros, negando-lhes a possibilidade de apelo. A capacidade de perdão está na base de cada projecto de uma sociedade futura mais justa e solidária.
Pelo contrário, a falta de perdão, especialmente quando alimenta o prolongamento de conflitos, supõe custos enormes para o desenvolvimento dos povos. Os recursos são destinados para manter a corrida aos armamentos, as despesas de guerra, as consequências das represálias económicas. Acabam assim por faltar os recursos financeiros necessários para gerar desenvolvimento, paz e justiça. Quantos sofrimentos padece a humanidade por não saber reconciliar-se, e quantos atrasos por não saber perdoar! A paz é a condição do desenvolvimento, mas uma verdadeira paz torna-se possível somente com o perdão.
A proposta do perdão não é de imediata compreensão nem de fácil aceitação; é uma mensagem de certo modo paradoxal. De facto, o perdão implica sempre uma aparente perda a curto prazo, mas garante, a longo prazo, um lucro real. Com a violência é exactamente o contrário: opta-se por um lucro de vencimento imediato, mas prepara para depois uma perda real e permanente. À primeira vista, o perdão poderia parecer uma fraqueza, mas não: tanto para ser concedido quanto para ser aceite supõe uma força espiritual e uma coragem moral a toda a prova. Em vez de humilhar a pessoa, o perdão leva-a a um humanismo mais pleno e mais rico, capaz de reflectir em si um raio do esplendor do Criador.
João Paulo II
Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002, §9-10

quarta-feira, outubro 17, 2007

Santo Inácio de Antioquia

Santo Inácio de Antioquia viveu no segundo século e sofreu o martírio na cidade de Roma. Foi o segundo bispo de Antioquia depois de São Pedro. Tudo indica que conheceu pessoalmente os apóstolos Pedro e Paulo. Por volta do ano 107 foi preso e conduzido a Roma para ser julgado. Durante a viagem, escreveu sete cartas, dirigidas a várias igrejas. Tais cartas constituem preciosos documentos sobre a Igreja primitiva, seus fundamentos teológicos, sua constituição hierárquica. "Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica", foi escrito na carta endereçada ao então jovem bispo de Esmirna, São Policarpo. Os cristãos de Antioquia veneravam, desde a antiquidade, o seu sepulcro nas portas da cidade e já no século IV celebravam a sua memória a 17 de outubro, dia adoptado agora também pelo novo calendário.
"Deveis glorificar Jesus de todas as formas, ele que vos glorificou a vós mesmos, a fim de que, unidos numa mesma obediência, submissos ao bispo e aos seus sacerdotes, sejais plenamente santificados. Não vos dou ordens, como se fosse alguém de muito importante. É verdade que estou carregado de ferros por usar o nome de cristão, mas ainda não atingi a perfeição em Jesus Cristo. Não faço mais que iniciar-me na sua escola e, se me dirijo a vós, é porque sois meus condiscípulos. Eu é que precisaria de me preparar para o combate através da vossa fé, das vossas exortações, da vossa paciência, da vossa longanimidade. Mas, uma vez que a caridade não me permite guardar o silêncio, tomo a dianteira e exorto-vos a caminhar de acordo com o espírito de Deus. Porque Jesus Cristo, o inseparável Princípio da nossa vida, é ele mesmo o pensamento do Pai, assim como os bispos, estabelecidos até aos confins da terra, são um só com o espírito de Jesus Cristo.
Deveis, pois, ter com o vosso bispo um único e mesmo pensamento; aliás, é isso que fazeis. Os vossos sacerdotes, verdadeiramente dignos de Deus, estão unidos ao bispo como as cordas à lira; é assim que, do perfeito acorde dos vossos sentimentos e da vossa caridade, se eleva até Jesus Cristo um concerto de louvores. Que cada um de vós entre nesse coro; então, na harmonia da afinação, tomareis, pela vossa unidade, o tom de Deus e cantareis todos numa só voz, pela boca de Jesus Cristo os louvores do Pai... É, pois, vantajoso para vós manter-vos numa unidade irrepreensível; é assim que gozareis de uma constante união ao próprio Deus."
Santo Inácio de Antioquia
Ver:

segunda-feira, outubro 15, 2007

A Igreja celebra hoje: Santa Teresa D' Ávila

Santa Teresa nasceu em Ávila (Espanha) no ano 1515. Tendo entrado na Ordem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. O “Castelo Interior” é o ensinamento maior da Santa. Fruto maduro da sua última jornada terrena, reflecte o estádio definitivo da sua evolução espiritual e completa a mensagem das obras anteriores. Aqui fica um breve excerto:
Primeira morada: entrar no castelo, converter-se, iniciar o trato com Deus (oração); conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual.
Segunda morada: lutar; o pecado ainda cerca; persistem os dinamismos desordenados; necessidade de ancorar-se numa opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa).
Terceira morada: a prova do amor. Estabelecimento de um programa de vida espiritual e de oração; manter-se nele; surgimento do zelo apostólico; mas sobrevêm a aridez e a impotência como estados de prova. "Prova- nos, Senhor, que sabes as verdades".
Quarta morada: brota a fonte interior, passagem à experiência mística; mas a sorvos, intermitentemente: momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente) e de amor místico-passivo (quietude da vontade).
Quinta morada: morre o bicho-da-seda; a alma renasce em Cristo; estado de união por conformidade de vontades, manifestada especialmente no amor.
Sexta morada: o crisol do amor. Período extático e tensão escatológica. Novo modo de sentir os pecados. Cristo presente. Esponsal místico.
Sétima morada: Matrimônio Místico. Duas graças de ingresso no estado final: uma cristológica, outra trinitária. Plena inserção na acção. Plena configuração a Cristo crucificado. Cristo foi a meta em todo o processo, da primeira à última morada.
Fonte:
http://www.projetocrescer.net/osantodasemana_.asp?artigo=7
Ver ainda:
http://br.geocities.com/monjascarmelitas/castelo.html

domingo, outubro 14, 2007

Evangelho do Dia - Dar glória a Deus

S. Cláudio la Colombière
"Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.» S. Lucas 17,11-19.
Ao meditar sobre o amor de Deus, fiquei muito tocado perante os bens que dele recebi desde o primeiro instante da minha vida até agora. Quanta bondade! Que cuidado! Que providência, tanto para o corpo como para a alma! Quanta paciência! Quanto doçura!... Deus fez-me penetrar, julgo, e depois ver claramente esta verdade: primeiro, que Ele está em todas as criaturas; segundo, que Ele é tudo o que nelas há de bom; terceiro, que nos faz todo o bem que delas recebemos. E pareceu-me ver este rei de glória e de majestade aplicado a aquecer-nos com a nossa roupa, a refrescar-nos com o ar, a alimentar-nos com a carne, a alegrar-nos com os sons e com os objectos agradáveis, a produzir em mim os movimentos necessários para viver e para agir. Que maravilha!
Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós, em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e tanto amor?! E Ele age igualmente em todas as outras criaturas; mas tudo isso para mim, como um intendente zeloso e vigilante que, em todos os lugares do reino, faz que trabalhem para o seu rei. O que é mais admirável é que Deus faz isso para com todos os homens, embora quase ninguém pense nisso, excepto algumas almas eleitas, algumas almas santas. Que ao menos eu pense nisso, que eu seja agradecido.
Imagino que, uma vez que Deus tem a sua glória como finalidade última de todas as suas obras, Ele faz todas estas coisas principalmente por amor dos que pensam nisso e nisso admiram a sua bondade, que por isso lhe estão gratos, que aproveitam tal ocasião para o amarem; os outros recebem os mesmos bens, como por acaso e por sorte... Deus concede-nos incessantemente o ser, a vida, as acções de tudo o que há de criado no universo. Eis a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser receber sem cessar o que Ele nos envia por todos os lados e retribuir-lhe com acções de graças, louvando-o e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus que o farei tanto quanto puder.
S. Cláudio la Colombière (1641-1682)
Jesuíta

quinta-feira, outubro 11, 2007

São Daniel Comboni

A Igreja celebrou ontem o dia de São Daniel Comboni. A sua paixão foi a evangelização da África, numa época em que isso significava viver cara a cara com a morte. Ele aceitou o desafio, resumindo a sua atitude no grito: " África ou morte! ". Aqui ficam algumas das suas palavras:
- "Nunca paixão alguma se radicou no meu coração, senão o amor pelos africanos... O primeiro amor da minha juventude foi a infeliz África Negra"
- "Estou inteiramente disposto a suportar, sem medo, a morte, com o mais atroz dos martírios, ainda que para salvar uma só alma da Nigrícia...; disposto a sofrer tudo, a ser réprobo, pela glória de Deus, mas a África tem de se salvar...; resolvido como estou, há trinta anos, a dar mil vezes a vida pela redenção da África"
- "Para implantar a cruz de Cristo no centro da África, teremos que padecer, ser desprezados, condenados e talvez morrer. Porque é lei constante da Divina Providência que as obras de Deus levem o selo da cruz. Sinto-me feliz na cruz que, levada de bom grado por amor a Jesus Cristo, conduz ao triunfo na vida eterna. Por Cristo, pouca coisa é o sofrimento e o próprio martírio".
- "O coração de Jesus é maior que a África inteira"
- "Quem confia em si mesmo, confia no maior burro do mundo... Tenho uma inquebrantável confiança naquele Deus por quem unicamente expus e exponho a minha vida, trabalho, sofro e morrerei "
- "Fixai bem: Comboni não pode viver senão para a África e para o que com ela se relaciona. Assim, quebrado pelas fadigas, o meu espírito sente a força do leão, e mais do que nunca estou firme e inabalável, a despeito de todos os obstáculos do universo, no meu inseparável grito de guerra: ou Àfrica ou morte!".

terça-feira, outubro 09, 2007

Pensamentos sobre Deus

- Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens. (Rabindranath Tagore, dramaturgo, poeta e filósofo indiano)
- Há dois tipos de pessoas: as que têm medo de perder Deus e as que têm medo de O encontrar. (Pascal)
- É um cientista bem medíocre aquele que pretende poder passar sem fé ou sem Deus! (Werner Von braun, criador dos foguetes que levaram o homem à lua)
- Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. (Isaac Newton)
Pessoais:
- Com os olhos da cara vemos as obras de Deus, e com os olhos da mente contemplamos Deus nas suas obras.
- O Amor de Deus é maior por uma só pessoa, do que o amor de todo o mundo por Deus.
- Deus criou-nos à sua semelhança, mas cada vez mais somos nós que criamos um deus à nossa semelhança.

domingo, outubro 07, 2007

Evangelho do Dia

"Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.» «Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'? Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'? Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou? Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'» " (São Lucas 17, 5-10)
Comentário ao Evangelho feito por: Madre Teresa de Calcutá
Sê sempre fiel nas pequenas coisas, pois nelas reside a nossa força. Para Deus, nada é pequeno. A seus olhos nada tem pouco valor. Para Ele, todas as coisas são infinitas. Deves pôr fidelidade nas coisas mais mínimas, não pela virtude que lhes é própria, mas por essa coisa maior que é a vontade de Deus – e que, eu própria, respeito infinitamente.
Não procures realizar acções espectaculares. Devemos renunciar deliberadamente ao desejo de contemplar o fruto do nosso labor, devemos apenas fazer o que podemos, o melhor que pudermos, e deixar o resto nas mãos de Deus. O que importa, é a dádiva que fazes de ti mesmo, o grau de amor que pões em cada acção que realizas.
Não te permitas desencorajar face aos fracassos, se deste de facto o teu melhor. Recusa também a glória sempre que sejas bem sucedido. Oferece tudo a Deus na mais profunda gratidão. Se te sentires abatido, isso é sinal de orgulho que mostra o quanto acreditas nas tuas forças. Deixa de te preocupar com o que as pessoas pensam. Sê humilde e nunca mais coisa alguma te importunará. O Senhor ligou-me aqui, ao lugar onde estou; é Ele quem me desligará de onde estou.
Links:

sexta-feira, outubro 05, 2007

Carta a Diogneto ( sobre os Cristãos )

"...Os cristãos não são diferentes dos outros homens nem pelo território, nem pela língua, nem pelo modo de viver. Eles não moram numa cidade exclusivamente sua, não usam uma língua própria, nem levam um género de vida especial. A sua doutrina não é conquista do pensamento e do esforço dos homens estudiosos, nem professam, como fazem alguns, um sistema filosófico humano.
Moram em cidades gregas ou bárbaras, como coube em sorte a cada um, e, adaptando-se aos costumes de vestir, de comer e em todo o resto de vida, dão exemplo de uma forma de vida social maravilhosa que, segundo todos confessam, é inacreditável. Habitam na respectiva pátria, mas como estrangeiros; participam em todas as honras como cidadãos e suportam tudo como estrangeiros. Todas as terras estrangeiras são uma pátria para eles e todas as pátrias são terras estrangeiras. Vivem da carne, mas não são segundo a carne. Moram na terra, mas são cidadãos do céu.
Obedecem às leis estabelecidas, mas através do seu teor de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. Não os conhecem e condenam-nos; dão-lhes a morte e eles recebem a vida. São mendigos e enriquecem a muitos; encontram-se privados de tudo e tudo têm em abundância. São desprezados e no desprezo encontram glória; difamam-nos e é reconhecida a sua inocência. São injuriados e abençoam; são tratados de modo insolente e eles tratam com reverência. Fazem o bem e são punidos como malfeitores; e, embora punidos, alegram-se quase como se lhes dessem a vida. Mas os que odeiam não sabem dizer o motivo do seu ódio.
Em poucas palavras, os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo..."

quinta-feira, outubro 04, 2007

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, no ano de 1182; de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone, gostava das alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai. Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o "status" que a sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa; mas em Espoleto teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo e, em 1206 , aos 24 anos de idade para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa.
Já inteiramente mudado de coração, e a ponto de mudar de vida, passou um dia pela igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Levado pelo Espírito, entrou para rezar e ajoelhou-se devotamente diante do crucifixo. Tocado por uma sensação insólita, sentiu-se todo transformado. Pouco depois, coisa inaudita, a imagem do Crucificado mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse: "Francisco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas".
Com a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francisco deu início à sua vida religiosa. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos, cuja ordem foi aprovada pelo Papa Inocêncio III. Santa Clara, sua dilecta amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. Neste capítulo da vida do santo é caracterizado por intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens, frequentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem. Em 1220, voltou a Assis após ter-se aventurado a viagem à Terra Santa, à Síria e ao Egipto, redigindo a segunda Regra, aprovada pelo Papa Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a Cristo, até fisicamente, com o sigilo dos estigmas, recebidos no monte Alverne a 14 de setembro de 1224.

quarta-feira, outubro 03, 2007

O pequenino Carlos Miguel precisa de ajuda!

Olá, eu sou o Carlos Miguel e tenho só 4 meses de idade.
Preciso urgentemente da tua ajuda,
pois tenho que fazer um
transplante de Medula Óssea
para poder viver.
O Carlinhos trava neste momento uma luta com a vida...encontra-se no Hospital Pediátrico de Coimbra, é natural da Sertã, Concelho de Proença-a-Nova, e necessita urgentemente de um transplante de medula óssea. Todos somos chamados a defender a vida, por isso aqui fica o apelo: Vamos todos ajudar o pequenino Carlos! E para ajudar basta ter entre 18 e 45 anos!
Os pais e amigos estão a apelar á solidariedade de todos, para que se mobilizem com vista a uma recolha de sangue para encontrar um dador de medula óssea compativel. A Câmara Municipal de Proença a Nova está empenhada na divulgação e recolha de inscrições para dadores.
As inscrições podem ser feitas em:
-Câmara Municipal de Proença-a-Nova
-Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova
-Café Ponto de Encontro (Proença)
-Oculista Jacinto ( Sertã)
-Creche Jardim Escola S. Casa Misericórdia ( Sertã)
-Agrupamento de Escolas (Sertã e Proença-a-Nova)
-Casa do Benfica de Proença-a-Nova
-Pronto a vestir Texano
E todos os que puderem ajudar esta criança que luta pela vida, podem fazê-lo enviando mail para: pelavidadocarlinhos@gmail.com
Outras informações, podem contactar - Paulo - 96 706 82 01
O Carlinhos precisa de VIVER! Vamos ajuda-lo para que um dia possa dizer - OBRIGADO
**
Folheava o Jornal Reconquista (Semanário regional), que já nem era da semana que passou, procurava uma notícia, quando me deparei com este apelo: Bebé precisa de ajuda urgente. Não podia ficar indiferente, quem sabe se não sou eu, ou tu o dador que o Carlinhos precisa!
Post publicado no blog: http://www.eu-estou-aki.blogspot.com/

terça-feira, outubro 02, 2007

Palavras de Clemente de Alexandria

A presença do homem de bem, pelo respeito que inspira, torna sempre melhor quem com ele convive. Quanto mais aquele que está continuamente em presença de Deus, pelo conhecimento, pela maneira de viver e pela acção de graças, não se irá tornando cada dia melhor em tudo: acções, palavras e disposições!... Vivendo, pois, toda a nossa vida como uma festa, na certeza de que Deus está totalmente presente em toda a parte, trabalhamos cantando, navegamos ao som de hinos, comportamo-nos à maneira dos "cidadãos do céu" (Fl 3, 20).
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A oração é, se o ouso dizer, uma conversa íntima com Deus. Mesmo se murmuramos suavemente, mesmo se, sem mexer os lábios, falamos em silêncio, nós gritamos interiormente. E Deus volta constantemente o seu ouvido para esta voz interior... Sim, o homem verdadeiramente espiritual ora durante toda a sua vida, porque orar é para ele um esforço de união com Deus, e rejeita tudo o que é inútil porque atingiu aquele estado em que já recebeu, de certa maneira, a perfeição que consiste em agir por amor... Toda a sua vida é uma liturgia sagrada.
Clemente de Alexandria (150 - c. 215)
Teólogo
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