sexta-feira, junho 13, 2008

O meu Livro (post editado a 26-11-2010)

Olá. Venho por este meio dar a conhecer um livro que lancei. Os interessados em adquiri-lo, por favor contactem-me através do endereço de e-mail que se segue, e serão dadas todas as informações necessárias: nfviana@hotmail.com
Também se encontra à venda nos seguintes locais:
- Livraria Paulus: Covilhã
- Livraria Voz Portucalense (Porto)
- Editora Tecto de Nuvens (Porto)

- Edições Salesianas (Porto)

Desde já agradeço um possível interesse da vossa parte neste meu testemunho de vivência cristã.
Um grande abraço em Cristo, nosso Mestre
Nelson
(Excertos aqui: http://omeutestemunho.blogspot.com/ )

segunda-feira, março 10, 2008

História da Graça de Deus na Minha Vida

Olá a todos. Possivelmente será esta a capa do livro que dará a conhecer a "História da Graça de Deus na Minha Vida". Se tudo correr como esperado, o livro estará no mercado antes do final de Junho. De momento, e através do endereço que se segue, poderão ler algumas das palavras que farão parte do texto: http://omeutestemunho.blogspot.com/

Por agora despeço-me com amizade e estima. Um forte abraço em Cristo, nosso Mestre.
Até breve

sexta-feira, outubro 26, 2007

Informação

Olá amigos e amigas. Gostaria de informar que vou estar algum tempo sem fazer publicações. Desde já apresento as minhas sinceras desculpas. Um abraço amigo. Até breve.

domingo, outubro 21, 2007

Evangelho do Dia - " Orar sempre..."

"Jesus disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.' Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (São Lucas 18, 1-8)
Passei a minha vida rodeado pelo bem e pelos pecados e, ao longo do meu sexagésimo ano, reconheci a força que o hábito tem. A alma e a inteligência podem também adquirir hábitos. E o homem faz aquilo a que está habituado. Se está habituado ao pecado, será constantemente atraído pelo pecado e os demónios levá-lo-ão a isso; mas, se tem o hábito do bem, Deus assisti-lo-á com a sua graça.
Se ganhares o hábito de rezar sem cessar, de amar o teu próximo e de chorar pelo mundo inteiro durante a tua oração, a tua alma será atraída para a oração, para as lágrimas e para o amor. E, se te habituares a dar esmolas, a ser obediente, a estar aberto aos conselhos do teu confessor, agirás constantemente desse modo e encontrarás assim a paz em Deus.
São Siluane (1866-1938)
Monge ortodoxo

sábado, outubro 20, 2007

Perdoar e aceitar os outros como Jesus nos ensinou

"Pedro aproximou-se do Senhor e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.»" (Mateus 18, 21-22)
JESUS:
--Aceitou Pedro, mesmo este tendo-O negado três vezes;
--Perdoou a mulher, mesmo tendo esta cometido adultério;
--Aceitou Natanael, mesmo tendo este dito " Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?";
--Perdoou o ladrão, mesmo quando este já estava a ser crucificado;
--Aceitou Tomé, mesmo tendo este dito " Só acredito se ver as suas cicatrizes";
--Pediu perdão ao Pai por aqueles que o mataram.
Ainda hoje, Jesus continua a aceitar-nos como somos e a perdoar-nos. Também nós somos convidados por Ele a fazer o mesmo, em relação a todas as pessoas que nos rodeiam. Aprendamos a viver a Sua mensagem, metendo-a em prática. À luz do Evangelho, "Amemo-nos uns aos outros, como Ele nos amou".

sexta-feira, outubro 19, 2007

Perdoar

João Paulo 2 perdoa Ali Agca pelo atentado
As famílias, os grupos, os Estados, a própria Comunidade internacional, necessitam de abrir-se ao perdão para restaurar os laços interrompidos, superar situações estéreis de mútua condenação, vencer a tentação de excluir os outros, negando-lhes a possibilidade de apelo. A capacidade de perdão está na base de cada projecto de uma sociedade futura mais justa e solidária.
Pelo contrário, a falta de perdão, especialmente quando alimenta o prolongamento de conflitos, supõe custos enormes para o desenvolvimento dos povos. Os recursos são destinados para manter a corrida aos armamentos, as despesas de guerra, as consequências das represálias económicas. Acabam assim por faltar os recursos financeiros necessários para gerar desenvolvimento, paz e justiça. Quantos sofrimentos padece a humanidade por não saber reconciliar-se, e quantos atrasos por não saber perdoar! A paz é a condição do desenvolvimento, mas uma verdadeira paz torna-se possível somente com o perdão.
A proposta do perdão não é de imediata compreensão nem de fácil aceitação; é uma mensagem de certo modo paradoxal. De facto, o perdão implica sempre uma aparente perda a curto prazo, mas garante, a longo prazo, um lucro real. Com a violência é exactamente o contrário: opta-se por um lucro de vencimento imediato, mas prepara para depois uma perda real e permanente. À primeira vista, o perdão poderia parecer uma fraqueza, mas não: tanto para ser concedido quanto para ser aceite supõe uma força espiritual e uma coragem moral a toda a prova. Em vez de humilhar a pessoa, o perdão leva-a a um humanismo mais pleno e mais rico, capaz de reflectir em si um raio do esplendor do Criador.
João Paulo II
Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002, §9-10

quarta-feira, outubro 17, 2007

Santo Inácio de Antioquia

Santo Inácio de Antioquia viveu no segundo século e sofreu o martírio na cidade de Roma. Foi o segundo bispo de Antioquia depois de São Pedro. Tudo indica que conheceu pessoalmente os apóstolos Pedro e Paulo. Por volta do ano 107 foi preso e conduzido a Roma para ser julgado. Durante a viagem, escreveu sete cartas, dirigidas a várias igrejas. Tais cartas constituem preciosos documentos sobre a Igreja primitiva, seus fundamentos teológicos, sua constituição hierárquica. "Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica", foi escrito na carta endereçada ao então jovem bispo de Esmirna, São Policarpo. Os cristãos de Antioquia veneravam, desde a antiquidade, o seu sepulcro nas portas da cidade e já no século IV celebravam a sua memória a 17 de outubro, dia adoptado agora também pelo novo calendário.
"Deveis glorificar Jesus de todas as formas, ele que vos glorificou a vós mesmos, a fim de que, unidos numa mesma obediência, submissos ao bispo e aos seus sacerdotes, sejais plenamente santificados. Não vos dou ordens, como se fosse alguém de muito importante. É verdade que estou carregado de ferros por usar o nome de cristão, mas ainda não atingi a perfeição em Jesus Cristo. Não faço mais que iniciar-me na sua escola e, se me dirijo a vós, é porque sois meus condiscípulos. Eu é que precisaria de me preparar para o combate através da vossa fé, das vossas exortações, da vossa paciência, da vossa longanimidade. Mas, uma vez que a caridade não me permite guardar o silêncio, tomo a dianteira e exorto-vos a caminhar de acordo com o espírito de Deus. Porque Jesus Cristo, o inseparável Princípio da nossa vida, é ele mesmo o pensamento do Pai, assim como os bispos, estabelecidos até aos confins da terra, são um só com o espírito de Jesus Cristo.
Deveis, pois, ter com o vosso bispo um único e mesmo pensamento; aliás, é isso que fazeis. Os vossos sacerdotes, verdadeiramente dignos de Deus, estão unidos ao bispo como as cordas à lira; é assim que, do perfeito acorde dos vossos sentimentos e da vossa caridade, se eleva até Jesus Cristo um concerto de louvores. Que cada um de vós entre nesse coro; então, na harmonia da afinação, tomareis, pela vossa unidade, o tom de Deus e cantareis todos numa só voz, pela boca de Jesus Cristo os louvores do Pai... É, pois, vantajoso para vós manter-vos numa unidade irrepreensível; é assim que gozareis de uma constante união ao próprio Deus."
Santo Inácio de Antioquia
Ver:

segunda-feira, outubro 15, 2007

A Igreja celebra hoje: Santa Teresa D' Ávila

Santa Teresa nasceu em Ávila (Espanha) no ano 1515. Tendo entrado na Ordem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. O “Castelo Interior” é o ensinamento maior da Santa. Fruto maduro da sua última jornada terrena, reflecte o estádio definitivo da sua evolução espiritual e completa a mensagem das obras anteriores. Aqui fica um breve excerto:
Primeira morada: entrar no castelo, converter-se, iniciar o trato com Deus (oração); conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual.
Segunda morada: lutar; o pecado ainda cerca; persistem os dinamismos desordenados; necessidade de ancorar-se numa opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa).
Terceira morada: a prova do amor. Estabelecimento de um programa de vida espiritual e de oração; manter-se nele; surgimento do zelo apostólico; mas sobrevêm a aridez e a impotência como estados de prova. "Prova- nos, Senhor, que sabes as verdades".
Quarta morada: brota a fonte interior, passagem à experiência mística; mas a sorvos, intermitentemente: momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente) e de amor místico-passivo (quietude da vontade).
Quinta morada: morre o bicho-da-seda; a alma renasce em Cristo; estado de união por conformidade de vontades, manifestada especialmente no amor.
Sexta morada: o crisol do amor. Período extático e tensão escatológica. Novo modo de sentir os pecados. Cristo presente. Esponsal místico.
Sétima morada: Matrimônio Místico. Duas graças de ingresso no estado final: uma cristológica, outra trinitária. Plena inserção na acção. Plena configuração a Cristo crucificado. Cristo foi a meta em todo o processo, da primeira à última morada.
Fonte:
http://www.projetocrescer.net/osantodasemana_.asp?artigo=7
Ver ainda:
http://br.geocities.com/monjascarmelitas/castelo.html

domingo, outubro 14, 2007

Evangelho do Dia - Dar glória a Deus

S. Cláudio la Colombière
"Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.» S. Lucas 17,11-19.
Ao meditar sobre o amor de Deus, fiquei muito tocado perante os bens que dele recebi desde o primeiro instante da minha vida até agora. Quanta bondade! Que cuidado! Que providência, tanto para o corpo como para a alma! Quanta paciência! Quanto doçura!... Deus fez-me penetrar, julgo, e depois ver claramente esta verdade: primeiro, que Ele está em todas as criaturas; segundo, que Ele é tudo o que nelas há de bom; terceiro, que nos faz todo o bem que delas recebemos. E pareceu-me ver este rei de glória e de majestade aplicado a aquecer-nos com a nossa roupa, a refrescar-nos com o ar, a alimentar-nos com a carne, a alegrar-nos com os sons e com os objectos agradáveis, a produzir em mim os movimentos necessários para viver e para agir. Que maravilha!
Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós, em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e tanto amor?! E Ele age igualmente em todas as outras criaturas; mas tudo isso para mim, como um intendente zeloso e vigilante que, em todos os lugares do reino, faz que trabalhem para o seu rei. O que é mais admirável é que Deus faz isso para com todos os homens, embora quase ninguém pense nisso, excepto algumas almas eleitas, algumas almas santas. Que ao menos eu pense nisso, que eu seja agradecido.
Imagino que, uma vez que Deus tem a sua glória como finalidade última de todas as suas obras, Ele faz todas estas coisas principalmente por amor dos que pensam nisso e nisso admiram a sua bondade, que por isso lhe estão gratos, que aproveitam tal ocasião para o amarem; os outros recebem os mesmos bens, como por acaso e por sorte... Deus concede-nos incessantemente o ser, a vida, as acções de tudo o que há de criado no universo. Eis a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser receber sem cessar o que Ele nos envia por todos os lados e retribuir-lhe com acções de graças, louvando-o e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus que o farei tanto quanto puder.
S. Cláudio la Colombière (1641-1682)
Jesuíta

quinta-feira, outubro 11, 2007

São Daniel Comboni

A Igreja celebrou ontem o dia de São Daniel Comboni. A sua paixão foi a evangelização da África, numa época em que isso significava viver cara a cara com a morte. Ele aceitou o desafio, resumindo a sua atitude no grito: " África ou morte! ". Aqui ficam algumas das suas palavras:
- "Nunca paixão alguma se radicou no meu coração, senão o amor pelos africanos... O primeiro amor da minha juventude foi a infeliz África Negra"
- "Estou inteiramente disposto a suportar, sem medo, a morte, com o mais atroz dos martírios, ainda que para salvar uma só alma da Nigrícia...; disposto a sofrer tudo, a ser réprobo, pela glória de Deus, mas a África tem de se salvar...; resolvido como estou, há trinta anos, a dar mil vezes a vida pela redenção da África"
- "Para implantar a cruz de Cristo no centro da África, teremos que padecer, ser desprezados, condenados e talvez morrer. Porque é lei constante da Divina Providência que as obras de Deus levem o selo da cruz. Sinto-me feliz na cruz que, levada de bom grado por amor a Jesus Cristo, conduz ao triunfo na vida eterna. Por Cristo, pouca coisa é o sofrimento e o próprio martírio".
- "O coração de Jesus é maior que a África inteira"
- "Quem confia em si mesmo, confia no maior burro do mundo... Tenho uma inquebrantável confiança naquele Deus por quem unicamente expus e exponho a minha vida, trabalho, sofro e morrerei "
- "Fixai bem: Comboni não pode viver senão para a África e para o que com ela se relaciona. Assim, quebrado pelas fadigas, o meu espírito sente a força do leão, e mais do que nunca estou firme e inabalável, a despeito de todos os obstáculos do universo, no meu inseparável grito de guerra: ou Àfrica ou morte!".

terça-feira, outubro 09, 2007

Pensamentos sobre Deus

- Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens. (Rabindranath Tagore, dramaturgo, poeta e filósofo indiano)
- Há dois tipos de pessoas: as que têm medo de perder Deus e as que têm medo de O encontrar. (Pascal)
- É um cientista bem medíocre aquele que pretende poder passar sem fé ou sem Deus! (Werner Von braun, criador dos foguetes que levaram o homem à lua)
- Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. (Isaac Newton)
Pessoais:
- Com os olhos da cara vemos as obras de Deus, e com os olhos da mente contemplamos Deus nas suas obras.
- O Amor de Deus é maior por uma só pessoa, do que o amor de todo o mundo por Deus.
- Deus criou-nos à sua semelhança, mas cada vez mais somos nós que criamos um deus à nossa semelhança.

domingo, outubro 07, 2007

Evangelho do Dia

"Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.» «Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'? Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'? Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou? Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'» " (São Lucas 17, 5-10)
Comentário ao Evangelho feito por: Madre Teresa de Calcutá
Sê sempre fiel nas pequenas coisas, pois nelas reside a nossa força. Para Deus, nada é pequeno. A seus olhos nada tem pouco valor. Para Ele, todas as coisas são infinitas. Deves pôr fidelidade nas coisas mais mínimas, não pela virtude que lhes é própria, mas por essa coisa maior que é a vontade de Deus – e que, eu própria, respeito infinitamente.
Não procures realizar acções espectaculares. Devemos renunciar deliberadamente ao desejo de contemplar o fruto do nosso labor, devemos apenas fazer o que podemos, o melhor que pudermos, e deixar o resto nas mãos de Deus. O que importa, é a dádiva que fazes de ti mesmo, o grau de amor que pões em cada acção que realizas.
Não te permitas desencorajar face aos fracassos, se deste de facto o teu melhor. Recusa também a glória sempre que sejas bem sucedido. Oferece tudo a Deus na mais profunda gratidão. Se te sentires abatido, isso é sinal de orgulho que mostra o quanto acreditas nas tuas forças. Deixa de te preocupar com o que as pessoas pensam. Sê humilde e nunca mais coisa alguma te importunará. O Senhor ligou-me aqui, ao lugar onde estou; é Ele quem me desligará de onde estou.
Links:

sexta-feira, outubro 05, 2007

Carta a Diogneto ( sobre os Cristãos )

"...Os cristãos não são diferentes dos outros homens nem pelo território, nem pela língua, nem pelo modo de viver. Eles não moram numa cidade exclusivamente sua, não usam uma língua própria, nem levam um género de vida especial. A sua doutrina não é conquista do pensamento e do esforço dos homens estudiosos, nem professam, como fazem alguns, um sistema filosófico humano.
Moram em cidades gregas ou bárbaras, como coube em sorte a cada um, e, adaptando-se aos costumes de vestir, de comer e em todo o resto de vida, dão exemplo de uma forma de vida social maravilhosa que, segundo todos confessam, é inacreditável. Habitam na respectiva pátria, mas como estrangeiros; participam em todas as honras como cidadãos e suportam tudo como estrangeiros. Todas as terras estrangeiras são uma pátria para eles e todas as pátrias são terras estrangeiras. Vivem da carne, mas não são segundo a carne. Moram na terra, mas são cidadãos do céu.
Obedecem às leis estabelecidas, mas através do seu teor de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. Não os conhecem e condenam-nos; dão-lhes a morte e eles recebem a vida. São mendigos e enriquecem a muitos; encontram-se privados de tudo e tudo têm em abundância. São desprezados e no desprezo encontram glória; difamam-nos e é reconhecida a sua inocência. São injuriados e abençoam; são tratados de modo insolente e eles tratam com reverência. Fazem o bem e são punidos como malfeitores; e, embora punidos, alegram-se quase como se lhes dessem a vida. Mas os que odeiam não sabem dizer o motivo do seu ódio.
Em poucas palavras, os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo..."

quinta-feira, outubro 04, 2007

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, no ano de 1182; de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone, gostava das alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai. Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o "status" que a sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa; mas em Espoleto teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo e, em 1206 , aos 24 anos de idade para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa.
Já inteiramente mudado de coração, e a ponto de mudar de vida, passou um dia pela igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Levado pelo Espírito, entrou para rezar e ajoelhou-se devotamente diante do crucifixo. Tocado por uma sensação insólita, sentiu-se todo transformado. Pouco depois, coisa inaudita, a imagem do Crucificado mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse: "Francisco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas".
Com a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francisco deu início à sua vida religiosa. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos, cuja ordem foi aprovada pelo Papa Inocêncio III. Santa Clara, sua dilecta amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. Neste capítulo da vida do santo é caracterizado por intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens, frequentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem. Em 1220, voltou a Assis após ter-se aventurado a viagem à Terra Santa, à Síria e ao Egipto, redigindo a segunda Regra, aprovada pelo Papa Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a Cristo, até fisicamente, com o sigilo dos estigmas, recebidos no monte Alverne a 14 de setembro de 1224.

quarta-feira, outubro 03, 2007

O pequenino Carlos Miguel precisa de ajuda!

Olá, eu sou o Carlos Miguel e tenho só 4 meses de idade.
Preciso urgentemente da tua ajuda,
pois tenho que fazer um
transplante de Medula Óssea
para poder viver.
O Carlinhos trava neste momento uma luta com a vida...encontra-se no Hospital Pediátrico de Coimbra, é natural da Sertã, Concelho de Proença-a-Nova, e necessita urgentemente de um transplante de medula óssea. Todos somos chamados a defender a vida, por isso aqui fica o apelo: Vamos todos ajudar o pequenino Carlos! E para ajudar basta ter entre 18 e 45 anos!
Os pais e amigos estão a apelar á solidariedade de todos, para que se mobilizem com vista a uma recolha de sangue para encontrar um dador de medula óssea compativel. A Câmara Municipal de Proença a Nova está empenhada na divulgação e recolha de inscrições para dadores.
As inscrições podem ser feitas em:
-Câmara Municipal de Proença-a-Nova
-Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova
-Café Ponto de Encontro (Proença)
-Oculista Jacinto ( Sertã)
-Creche Jardim Escola S. Casa Misericórdia ( Sertã)
-Agrupamento de Escolas (Sertã e Proença-a-Nova)
-Casa do Benfica de Proença-a-Nova
-Pronto a vestir Texano
E todos os que puderem ajudar esta criança que luta pela vida, podem fazê-lo enviando mail para: pelavidadocarlinhos@gmail.com
Outras informações, podem contactar - Paulo - 96 706 82 01
O Carlinhos precisa de VIVER! Vamos ajuda-lo para que um dia possa dizer - OBRIGADO
**
Folheava o Jornal Reconquista (Semanário regional), que já nem era da semana que passou, procurava uma notícia, quando me deparei com este apelo: Bebé precisa de ajuda urgente. Não podia ficar indiferente, quem sabe se não sou eu, ou tu o dador que o Carlinhos precisa!
Post publicado no blog: http://www.eu-estou-aki.blogspot.com/

terça-feira, outubro 02, 2007

Palavras de Clemente de Alexandria

A presença do homem de bem, pelo respeito que inspira, torna sempre melhor quem com ele convive. Quanto mais aquele que está continuamente em presença de Deus, pelo conhecimento, pela maneira de viver e pela acção de graças, não se irá tornando cada dia melhor em tudo: acções, palavras e disposições!... Vivendo, pois, toda a nossa vida como uma festa, na certeza de que Deus está totalmente presente em toda a parte, trabalhamos cantando, navegamos ao som de hinos, comportamo-nos à maneira dos "cidadãos do céu" (Fl 3, 20).
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A oração é, se o ouso dizer, uma conversa íntima com Deus. Mesmo se murmuramos suavemente, mesmo se, sem mexer os lábios, falamos em silêncio, nós gritamos interiormente. E Deus volta constantemente o seu ouvido para esta voz interior... Sim, o homem verdadeiramente espiritual ora durante toda a sua vida, porque orar é para ele um esforço de união com Deus, e rejeita tudo o que é inútil porque atingiu aquele estado em que já recebeu, de certa maneira, a perfeição que consiste em agir por amor... Toda a sua vida é uma liturgia sagrada.
Clemente de Alexandria (150 - c. 215)
Teólogo

domingo, setembro 30, 2007

Evangelho do Dia - Pobres e Ricos

O homem rico e o pobre Lázaro, evangeliário do imperador Otão III, tesouro da Catedral de Aachen
«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio. Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'» (São Lucas 16, 19-31)
A parábola do rico e de Lázaro é a que parece dar a chave para compreender tudo o que São Lucas diz sobre os pobres e ricos. Aparentemente trata-se de uma parábola que fala sobre a riqueza e a pobreza. Em nenhum momento se diz ou insinua-se que o rico fosse um malvado, ou que o pobre fosse bom ou piedoso. Diz-se simplesmente que o pobre vai para o “seio de Abraão”, porque durante a sua vida recebeu coisas más, e que o rico é condenado só pelo facto de ter recebido bens na sua vida terrena (Lucas 16, 25). Até este ponto, pareceria que os pobres são felizes porque a sua situação mudará depois da sua morte. Mas não é bem assim: em vários textos do Livro dos Actos, Lucas descreve a comunidade cristã primitiva (2, 42-47; 4, 32-35; 5, 12-16). No primeiro destes textos diz-se que os primeiros cristãos “se reuniam todos assiduamente para escutar os ensinamentos dos Apóstolos e participar na vida comum, na fracção do pão e nas orações…” (2, 42-45). Enquanto os membros da comunidade vendiam os seus campos para repartir o dinheiro, o traidor Judas utilizou o seu dinheiro para comprar um campo (Actos 1, 18). Dividiam os bens, ao mesmo tempo que recebiam em comum os ensinamentos, a celebração da Eucaristia e a oração. A distribuição dos bens entre todos, é uma forma de expressar a união de todos os corações, que começa com a participação, em comum, de todos os bens que receberam de Deus, por meio do Evangelho. Mais adiante, volta ao mesmo tema e afirma que não havia pobres entre eles (4, 34). A pobreza tinha desaparecido, a partir do momento que dividiam os seus bens e assim todos comiam com alegria (2, 46). Na comunidade cristã cumpre-se o anúncio das bem-aventuranças, porque já neste mundo muda a situação dos pobres, dos famintos e dos que choram. Os ricos, tão mal vistos por Lucas, seriam então os que não partilhavam com os outros e ficam com tudo só para si.
São Lucas escreve: “A multidão dos que tinham abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum” (Actos 4, 32). São frases que se encontram nos escritores gregos quando definem ou descrevem a amizade. Longe de pensar num sistema económico, Lucas descreve a comunidade cristã como uma comunidade de amigos. Mas não é só um ideal para os perfeitos ou uma virtude humana, como pensavam os filósofos gregos, mas sim uma realidade que acontece já neste mundo, porque na comunidade cristã tudo se partilha a partir do amor que Cristo depositou no coração de cada um. Por isso, põem à disposição dos outros tudo o que têm, com a finalidade de que os aproveitem, “segundo a necessidade de cada um” (Actos 2, 45; 4, 35).
O mundo pagão, ao qual se dirige a pregação de Lucas, estava cheio de contrastes económicos: ricos, pobres, miseráveis, patrões e escravos. Lucas oferece-lhes um exemplo de uma sociedade diferente, onde se vive como irmãos e desaparecem as desigualdades irritantes. Muito mais do que recomendar aos cristãos que sejam generosos com os pobres, Lucas propõe que todos partilhem, para que desapareçam as diferenças sociais.
Voltando à parábola do rico e do pobre, alguns detalhes do relato parecem aludir a outra situação, que vai para além do problema entre ricos e pobres: o rico dirige-se a Abraão chamando-o de “pai” (16, 24.27 e 30), enquanto que Abraão responde chamando-o de “filho” (16, 25); este rico tem irmãos, dos quais se diz que “têm a Moisés e aos Profetas” (16, 29); por último afirma-se que estes irmãos “não se convencerão, ainda que ressuscite um morto” (16, 31). Todos estes detalhes tomados em conjunto, fazem pensar que esta parábola tem elementos alegóricos: o rico seria o povo judeu (tem como pai a Abraão, tem Moisés e os Profetas, não aceitou a mensagem da ressurreição do Senhor); este povo é rico porque recebeu uma quantidade de bens da parte de Deus: a eleição, a aliança, os mandamentos, o culto, a predicação de Deus, etc., enquanto que o pobre representaria os pagãos, que não receberam nada disto (por exemplo Romanos 9, 4-5; Efésios 2, 11-12). Então, se Lucas põe um rico como figura do povo judeu e um pobre como figura do povo pagão, chega-se à conclusão de que o primeiro bem que o rico deve partilhar é o Evangelho. Se todos devem partilhar as riquezas, a primeira destas é a salvação, para que esta chegue a todos aqueles que ainda não a têm.
Lucas quer criar nos seus ouvintes uma consciência de que, para ser cristão, tem que se partilhar, sendo uma necessidade interior à qual não se pode renunciar nem se deve descurar. No entanto, deve-se partilhar a todos os níveis, começando pelos mais importantes, o Evangelho, até aos que são menos importantes, mas necessários, como os bens materiais.
"Evangelho Segundo São Lucas"
Luís Heriberto Rivas

quinta-feira, setembro 27, 2007

Por amor... Uma carta

Uma carta pelo Darfur
Na era das novas tecnologias, na era do viver a vida sempre a correr, da falta constante de tempo, fomos pouco a pouco deixando de escrever cartas…Aquelas cartas escritas com o nosso pulso, aquelas que retratam a nossa caligrafia e no fundo tanto de nós!
E se uma carta se transformasse num gesto de amor…Estaríamos dispostos a parar um pouco para escrever uma carta?
È este o novo apelo por Darfur!
Escrever uma carta, dirigida à Presidência da União Europeia, apelando por este povo! Por Amor… uma Carta! Por tantas vidas inocentes…Uma Carta! Não percam tempo escrevam a vossa carta! Publicai no vosso blog esta iniciativa! E peçam a todos os vossos contactos que façam o mesmo! Darfur precisa de um gesto de Amor! As cartas (por correio ou por mail) deverão ser enviadas para:
Por amor… Uma carta
CVJ – Missionários Combonianos
Areeiro
3030-168 Coimbra
Iniciativa promovida em conjunto com: Eu estou aki
PS: As cartas serão entregues na presidência da união europeia no mesmo momento da entrega da petição em curso
Post publicado no site: http://jovensemissao.blogspot.com/

terça-feira, setembro 25, 2007

Espírito Santo: O Guia dos Justos

O Espírito Santo retratado como uma pomba no vitral que fica atrás da Cátedra da Basílica de São Pedro, Roma.
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir. Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer. Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.» (São João 16,12-15)
O Espírito Santo, o Paráclito, o Defensor, é Aquele que, como um sopro, o Pai e o Filho enviam à alma dos justos. É por Ele que somos santificados e merecemos ser santos. O sopro humano é a vida dos corpos; o sopro divino é a vida dos espíritos. O sopro humano torna-nos sensíveis; o sopro divino torna-nos santos. Este Espírito é Santo, porque, sem ele, nenhum espírito – nem angélico nem humano – pode ser santo.“O Pai – diz Jesus – vo-Lo enviará em meu nome” (Jo 14, 26), isto é, em minha glória, para manifestar a minha glória; ou ainda, porque Ele tem o mesmo nome que o Filho: é Deus. “Ele Me glorificará”, porque vos tornará espirituais e vos levará a compreender como o Filho é igual ao Pai e não simplesmente um homem como O vedes, ou porque vos tirará todo o temor e vos fará anunciar a minha glória a todo o mundo. Porque, a minha glória é a salvação dos homens.“Ele vos ensinará todas as coisas”. “Filhos de Sião, alegrai-vos”, diz o profeta Joel, porque o Senhor vosso Deus vos deu Aquele que ensina a justiça” (2, 23 Vulg.), que vos há-de ensinar tudo o que diz respeito à salvação.
Santo António (c. 1195-1231); Franciscano, Doutor da Igreja
http://www.leme.pt/biografias/santos/santoantonio/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa

domingo, setembro 23, 2007

Evangelho do Dia - "Tendes só um Mestre, ... o Cristo" (Mt 23,8)

Renuncia de São Francisco de Assis aos Bens Mundanos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis)

"...nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." (São Lucas 16, 1-13)

«Nenhum servo pode servir a dois senhores». Não quer dizer que haja dois: há um único Mestre. Porque, mesmo se há pessoas que servem o dinheiro, este, contudo, não possui qualquer direito para ser seu mestre; elas é que querem carregar o jugo da escravatura. Na verdade, não se trata de um poder justo mas de uma escravatura injusta. É por isso que Jesus diz: «Arranjem amigos com o dinheiro desonesto» para que, pelas nossas prodigalidades para com os pobres, obtenhamos o favor dos anjos e dos outros santos.

O intendente não é criticado: aprendemos assim que não somos senhores, mas apenas intendentes das riquezas de outrem. Embora tenha cometido uma falta, ele é louvado porque, dando aos outros em nome do seu senhor, conseguiu apoios. E Jesus bem fala de «dinheiro enganador», porque a avareza tenta as nossas inclinações pelas variadas seduções das riquezas, a ponto de nos querermos tornar seus escravos. É por isso que ele diz: «Se não sois dignos de confiança com os bens dos outros, quem vos dará o vosso?» As riquezas são-nos estranhas porque estão fora da nossa natureza; não nascem connosco, não nos seguem quando morrermos. Cristo, pelo contrário, é nosso porque é a vida... Não sejamos escravos dos bens exteriores porque apenas devemos reconhecer a Cristo como nosso Senhor.

Santo Ambrósio (c. de 340-397); Bispo de Milão e Doutor da Igreja

sexta-feira, setembro 21, 2007

São Mateus: Apóstolo e Evangelista

"Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou-se e seguiu-o. Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»" (São Mateus 9, 9-13)
«Levantou-se e seguiu-O.» A concisão da frase põe claramente em evidência a prontidão de Mateus a responder à chamada. Para ele isso significava abandonar tudo, sobretudo o que lhe garantia uma fonte segura de recursos, que era no entanto desonrosa e muitas vezes injusta. Mateus compreendeu pela evidência que a intimidade com Jesus o impedia de seguir uma actividade desaprovada por Deus. Facilmente se tira daqui uma lição para o presente: também hoje é inadmissível o apego a coisas incompatíveis com a caminhada de seguir a Jesus, como é o caso das riquezas desonestas. Certa vez, Ele disse sem rodeios: «Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuis, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois vem e segue-Me» (Mt 19,21). Foi o que fez Mateus: «Levantou-se e seguiu-O». Neste «levantou-se» conseguimos ler um nítido repúdio pela situação de pecado e simultaneamente a adesão consciente a uma nova existência, recta, na comunhão com Jesus.
Lembremos que a tradição antiga da Igreja é unânime em atribuir a Mateus a paternidade do primeiro Evangelho. Já Papias, bispo de Hierápoles, na Frígia, o tinha dito, cerca do ano 130. Escreveu : «Mateus verteu as palavras (do Senhor) em língua hebraica, e cada um as interpretou como podia» (in Eusébio de Cesareia, Hist. Ecl. III, 39, 16). O historiador Eusébio acrescenta esta informação: «Mateus, que primeiro pregara entre os judeus, quando a certa altura decidiu ir também evangelizar outros povos, escreveu na língua materna o Evangelho que anunciava. Procurou deste modo recompensar aqueles de quem se separava, substituindo pela escrita o que perdiam com a sua partida» (III, 24, 6). Já não possuímos o Evangelho escrito por Mateus em hebreu ou em aramaico, mas no Evangelho grego que chegou até nós continuamos a ouvir ainda, de alguma maneira, a voz persuasiva do publicano Mateus que, tornado apóstolo, continua a anunciar-nos a misericórdia salvífica de Deus, e escutamos essa mensagem de S. Mateus, nela meditando sempre, e de novo, sempre, para aprendermos, também nós, a levantarmo-nos e a seguir Jesus com determinação.
Papa Bento XVI

quarta-feira, setembro 19, 2007

segunda-feira, setembro 17, 2007

Ser humilde como o Mestre


"...ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática." (São João 13, 14-17)
Por que sofre o homem nesta terra? Por que suporta as dores e se sujeita aos males?
Sofremos porque não somos humildes. O Espírito Santo habita uma alma humilde, dando-lhe a liberdade, a paz, o amor e a felicidade. Sofremos porque não amamos os nossos irmãos. O Senhor disse: “É por isto que todos saberão que sois Meus discípulos: Se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Quando amamos um irmão, o amor de Deus vem a nós. O amor de Deus é de uma grande doçura; é um dom do Espírito Santo, que não se conhece em plenitude senão pelo Espírito Santo. Mas existe um amor moderado, o amor que o homem obtém quando se esforça por cumprir os mandamentos de Cristo e receia ofender a Deus; e também esse é bom. Temos de nos esforçar todos os dias por fazer o bem e por aprender, com todas as nossas forças, a humildade de Cristo.
São Siluane (1866-1938), monge ortodoxo

domingo, setembro 16, 2007

Evangelho do Dia - Deus à procura do homem perdido

"Aproximavam-se de Jesus todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.» «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.» Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos....(parábola do filho pródigo)» (São Lucas 15, 1-32)
Como a fraqueza dos homens não é capaz de manter um ritmo firme neste mundo escorregadio, o bom médico mostra-te os remédios contra os desvios, e o juiz misericordioso não recusa a esperança do perdão. Não foi sem motivo que S. Lucas apresentou três parábolas em sequência: a ovelha que se tinha perdido e que foi encontrada, a moeda que estava perdida e se encontrou, o filho que estava morto e regressou à vida. É para que este triplo remédio nos comprometa a cuidar das nossas feridas... A ovelha cansada foi trazida pelo pastor; a moeda extraviada foi encontrada; o filho volta para trás e regressa ao encontro do pai no arrependimento do seu desvario...
Alegremo-nos, pois, pelo facto de que esta ovelha que se tinha perdido em Adão seja reerguida em Cristo. Os ombros de Cristo são os braços da cruz; foi lá que depus os meus pecados, foi sobre esse madeiro que encontrei repouso. Aquela ovelha é única na sua natureza, mas não nas suas pessoas, porque todos nós formamos um só corpo mas somos muitos membros. É por isso que está escrito: "Vós sois o corpo de Cristo e membros dos seus membros" (1 Co 2, 27). "O Filho do homem veio para salvar o que estava perdido" (Lc 19, 10), quer dizer, todos os homens, uma vez que "todos morrem em Adão, tal como todos revivem em Cristo" (1 Co 15, 22)...
Também não é indiferente que esta mulher se alegre por ter encontrado a moeda: é que nesse moeda figura a imagem de um príncipe. De igual modo, a imagem do Rei é o bem da Igreja. Nós somos ovelhas: peçamos então ao Senhor que nos conduza à água do descanso (Sl 22, 2). Nós somos ovelhas: peçamos as pastagens. Nós somos a moeda: guardemos o nosso valor. Nós somos filhos: corramos para o Pai.
Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão
Doutor da Igreja

quinta-feira, setembro 13, 2007

Concentração pela Paz no Darfur

Voltando a falar-vos do Darfur... Este domingo celebra-se o Dia Internacional do Darfur.Como forma de se chamar a atenção para o drama humanitário que se vive na região, vai haver concentrações na rua em vários países.
Aqui em Portugal, vai haver uma concentração a pedir a Paz pelo Darfur, no domingo dia 16, às 18h, no Largo Camões, Baixa-Chiado, Lisboa.
Tragam uma fita ou tira de pano preto. Têm mais informações em http://www.pordarfur.org/htmls/EElluAyykFYoVPNzcE.shtml . O simbolismo desta “venda” preta é o silêncio da comunidade internacional perante uma situação que já é considerada genocídio pela ONU.
Se puderem apareçam!
Post publicado em: http://deusemtudoesempre.blogspot.com/

quarta-feira, setembro 12, 2007

Alegria Cristã

"Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor. Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa." (São João 15, 9-11)
A alegria é oração. A alegria é força. A alegria é amor. A alegria é como uma rede de amor que prende as almas. “Deus ama o que dá com alegria” (2 Co, 9, 7). Quem dá com alegria dá mais. Não há melhor maneira de manifestarmos a nossa gratidão a Deus e aos homens do que tudo aceitar com alegria. Um coração ardente de amor é necessariamente um coração alegre. Não permitais nunca que a tristeza vos invada, a ponto de vos fazer esquecer a alegria de Cristo ressuscitado.
Todos temos um desejo ardente do céu, onde Deus se encontra. Ora, está nas mãos de todos nós estarmos, desde já, no céu com Ele, sermos felizes com Ele já neste momento. Mas esta felicidade imediata com Ele significa amar como Ele ama, ajudar como Ele ajuda, dar como Ele dá, servir como Ele serve, socorrer como Ele socorre, permanecer com Ele em todas as horas do dia, tocar o Seu próprio Ser por trás do rosto da aflição humana.
Beata Teresa de Calcutá

segunda-feira, setembro 10, 2007

Obter a Paz

Poderíamos gozar de grande paz se não nos importássemos com o que dizem e fazem os outros e que não nos diz respeito. Como permanecer longamente em paz quando nos metemos nos assuntos dos outros, quando procuramos ocupações por fora, quando nunca ou muito pouco nos recolhemos? Felizes os simples, porque possuirão grande paz! Porque é que alguns santos foram tão perfeitos e contemplativos? Porque se aplicaram a fazer morrer todos os seus desejos terrestres: dessa forma, puderam agarrar-se a Deus de todo o seu coração e dedicar-se livremente à sua vida espiritual. Mas nós estamos demasiado invadidos pelos nossos desejos; preocupamo-nos demasiado com o que se passa... É raro que nos desembaracemos de um só defeito; o cuidado do progresso quotidiano não nos entusiasma e, por isso, mantemo-nos frios ou mornos.
Se estivéssemos verdadeiramente mortos para nós mesmos, sem as nossas preocupações interiores, também poderíamos saborear as coisas divinas, ter alguma experiência de contemplação. O maior obstáculo, o único obstáculo, é que estamos demasiado presos às nossas paixões e aos nossos desejos para entrarmos no caminho perfeito dos santos. Quando nos acontece a menor contrariedade, deixamo-nos abater demasiado depressa e voltamo-nos para as consolações humanas. Se nos esforçássemos, como homens fortes, a permanecer firmes no combate, receberíamos certamente o socorro de Deus, porque Ele está sempre pronto a ajudar os que lutam e contam com a sua graça... Oh! se tu soubesses que paz viria a ti, que alegria irradiaria sobre os outros, como serias mais cuidadoso com o teu avanço espiritual!...
Imitação de Cristo
Tratado espiritual do século XV
Livro 1, cap. 11

sábado, setembro 08, 2007

Evangelho do Dia - Ser discípulo de Cristo

"Seguiam com Ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, dizendo: 'Este homem começou a construir e não pôde acabar.' Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.»" (São Lucas 14, 25-33)
Escuta a voz de Deus que te impele a sair de ti para seguires a Cristo e serás um discípulo perfeito: "Quem não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu dicípulo". Que tens tu a dizer? Que podes responder a isto? Todas as tuas hesitações e as tuas questões caem diante desta única palavra; a palavra da verdade é a senda sublime por onde avançarás. Jesus disse ainda: "Quem não renunciar a todos os seus bens e não tomar a sua cruz para caminhar após mim, não pode ser meu discípulo". E, para nos ensinar a renunciar não apenas aos nossos bens, para o glorificarmos, e ao mundo, para o confessarmos diante dos homens, mas também à nossa vida, acrescentou: "Se alguém não renunciar a si mesmo, não pode ser meu discípulo"... Noutro lugar disse: "Quem perder a sua vida neste mundo, guarda-a para a vida eterna. Se alguém me servir, o Pai honrá-lo-á" (Jo 12, 25 sg). E disse ainda aos seus: "Levantai-vos. Partamos daqui" (Jo 14, 31). Por esta palavra mostrou que, tanto o seu lugar como o dos discípulos, não é aqui em baixo.
Senhor, onde iríamos então? "Ali onde eu estiver, que o meu servo esteja também" (Jo 12, 26). Se Jesus nos grita: "Levantai-vos, partamos daqui!", quem será suficientemente estulto para aceitar ficar com os mortos nos túmulos e permanecer entre os sepultados? Cada vez que o mundo quiser reter-te, lembra-te da palavra de Cristo: "Levantai-vos, partamos daqui!" Se estiveres vivo, esta voz chegará para te estimular. Cada vez que quiseres sentar-te, instalar-te, comprazer-te a ficar onde estás, lembra-te desta voz premente que te diz: "Levanta-te, partamos daqui!"
De todo o modo, terás de partir; mas vai como Jesus vai; vai porque Ele to diz e não porque a morte te leva contra a tua vontade. Quer queiras quer não, estás no caminho daqueles que partem. Parte então por causa da palavra do teu Mestre e não por simples constrangimento. "Levanta-te, partamos daqui!"... Porque te demoras? Cristo também caminha contigo.
Filoxeno de Mabboug (? - c. 523), Bispo na Síria

quinta-feira, setembro 06, 2007

Gestos de amor pelo Darfur

A campanha pelo e com o Darfur tem dado bons frutos, graças a Deus. São várias as pessoas que se têm empenhado para tirarem do silêncio o sofrimento deste povo.
Este fim-de-semana vai haver duas iniciativas:
- Vigília organizada pelo grupo de jovens da paróquia de Porto Salvo

Na Igreja da Cartuxa (Caxias - Lisboa), no dia 8 de Setembro de 2007, às 21h.
- Campanha da iniciativa da Elsa do blog Eu Estou Aki
(http://eu-estou-aki.blogspot.com/)
No Retaxo, Castelo Branco, nas Festas em honra de Nossa Senhora da Guia.
Muito obrigado a todos os que estão por esta causa. Se alguém quiser realizar alguma actividade de sensibilização, mande-me um mail para mariajoaogracia@hotmail.com.
No final deste post, deixo-vos com um comentário do Padre Feliz da Costa, o missionário comboniano que se encontra no Darfur com os refugiados. Dá que pensar...
"Sei, de teologia certa, que ninguém pode culpar Deus por esta situação... A culpa desta guerra e dos males que se lhe seguem, não haja dúvida, é só nossa, dos interesses políticos e mesquinhos dos homens. E sei também, de teologia ainda mais certa, que «Deus é amor» e não pode senão amar estes seus filhos e filhas".
Padre Feliz da Costa, missionário comboniano em Nyala, no Darfur

quarta-feira, agosto 29, 2007

A oração em nome do Filho

"...o que pedirdes em meu nome Eu o farei, de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai." (São João 14, 13)

A oração cristã é uma oração em nome do Filho. Se São Lucas se contenta em aludir à identidade da oração dos filhos e do Filho, em São João este elemento essencial torna-se explícito: “Orar em nome do Filho” não é uma simples fórmula, um simples conjunto de palavras. Para nos deixarmos penetrar por este nome, temos de aceitar um processo de identificação, temos de aceitar o caminho da conversão e da purificação, que nos leva a tornarmo-nos filhos, ou seja, à realização do baptismo na constante penitência. Assim respondemos ao convite do Senhor: “Quando Eu for elevado da terra, tudo atrairei a Mim” (Jo 12, 32).
Quando proferimos a fórmula litúrgica “por Cristo, Nosso Senhor”, é toda esta teologia que está presente. Dia após dia, estas palavras convidam-nos a percorrer o caminho da identificação com Jesus, o caminho do baptismo, isto é, da conversão e da penitência.
Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Retiro pregado no Vaticano, 1983
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