
Se estivéssemos verdadeiramente mortos para nós mesmos, sem as nossas preocupações interiores, também poderíamos saborear as coisas divinas, ter alguma experiência de contemplação. O maior obstáculo, o único obstáculo, é que estamos demasiado presos às nossas paixões e aos nossos desejos para entrarmos no caminho perfeito dos santos. Quando nos acontece a menor contrariedade, deixamo-nos abater demasiado depressa e voltamo-nos para as consolações humanas. Se nos esforçássemos, como homens fortes, a permanecer firmes no combate, receberíamos certamente o socorro de Deus, porque Ele está sempre pronto a ajudar os que lutam e contam com a sua graça... Oh! se tu soubesses que paz viria a ti, que alegria irradiaria sobre os outros, como serias mais cuidadoso com o teu avanço espiritual!...
Imitação de Cristo
Tratado espiritual do século XV
Livro 1, cap. 11
1 comentário:
É uma paz maravilhosa, porque vem do Pai. E se nos dedicarmos mais a essa paz, a essa contemplação, seremos muito mais felizes e faremos os outros felizes.
Não é fácil, claro. Os desejos, os sonhos, a ansiedade de definir a vida ao pormenor é, por vezes, muito forte... Mas se não começarmos a pedir essa paz, nunca a teremos, não é verdade? O importante é começar...
Para isso há que aprender a parar, mas acho que também devemos aprender a obter essa paz em qualquer lugar. Nos transportes, no meio da cidade barulhenta, deixando de lado a vida dos outros... Nos últimos tempos tenho optado muito por essa via. Tentar obter a paz quando estou sozinha, num lugar calmo, mas também enquanto à minha volta gira o barulho dos carros, as sirenes das ambulâncias, o stress do trabalho, as exigências dos chefes, as conversas dos colegas...
Lá está não é fácil... Mas vai-se aprendendo, com a ajuda do Pai. O importante é não dar passos a menos, nem a mais. Seguir apenas o ritmo que Deus Pai quer para nós.
beijos em Cristo
PS: OLá, Nelson! Andas desaparecido do msn :). Bom tempo de paragem. Rezo por ti. Comecei a ler S. João da Cruz :)
Enviar um comentário