Vivemos num tempo em que se aprecia a liberdade e se luta apaixonamente por ela. Quem não sente a felicidade em dizer: sou livre? É porque, de facto, há situações, ambientes e pessoas que impedem outros de serem livres.
Mas, ao mesmo tempo, também existe uma grande confusão acerca do que é ser livre e do uso que cada um faz da liberdade. Se olharmos para a vida concreta das pessoas, verificamos que com a liberdade se podem fazer coisas maravilhosas e coisas negativas e horrendas. Por exemplo: Que fez Madre Teresa de Calcutá com a sua liberdade? E que faz um assassino ou criminoso com a sua liberdade?Afinal, o que é ser livre? Como é que as pessoas, de um modo geral, entendem a liberdade? Quais as falsas ideias de liberdade? Qual a ideia correcta de liberdade?
Alguns identificam a liberdade com independência de tudo e de todos, com capricho, apetite, isto é, fazer o que apetece, sem mais. Muitos desejariam ser livres da autoridade dos outros, de responsabilidades determinadas, de obrigações familiares, profissionais e sociais, de normas morais, etc. Pode-se chamar a isto liberdade autêntica?
Verificamos então que o homem pode usar a liberdade para o bem e para o mal, para o melhor e o pior, para a paz ou a violência...Então a liberdade não é indiferente a determinados valores. Somos nós que lhe damos orientação em função de um projecto de vida. Portanto, somos responsáveis pela nossa liberdade e pelo uso que fazemos dela. Somos chamados a optar, a escolher a orientação, o projecto a dar à liberdade; e a escolha implica também renúncia àquilo que não corresponde à dignidade da pessoa humana, ao seu crescimento no bem e na verdade. O contrário é abuso da liberdade que vem a tornar-se renúncia à verdadeira liberdade.Uma liberdade sem orientação ( projecto), sem norte, sem conteúdo é desorientada, desnorteada, vazia. É aparência de liberdade. É-se livre quando se opta por ser mais homem, mais pessoa.
Á luz da fé cristã, a verdadeira liberdade é tornar-se disponível para realizar o projecto de Deus, que é um projecto de amor. São Paulo proclama claramente esta liberdade do cristão, redimido por Cristo: " É para que nós sejamos verdadeiramente livres, que Cristo nos libertou para a liberdade. Permanecei, pois, firmes e não vos deixeis submeter outra vez ao jugo da escravidão...Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade para a libertinagem. Mas ponde-vos ao serviço uns dos outros pelo amor. " ( Gálatas 5, 1-13 )
in Caminho para a Vida ( Catequese para o povo de Deus 2 )
segunda-feira, novembro 13, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário