"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai." (João 10, 11-18)
"O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas" (Jo 10,11). Quando Jesus pronunciava estas palavras, os apóstolos não sabiam que falava de si mesmo. Mesmo João, o apóstolo bem amado, não o sabia. Compreendeu-o no Calvário, junto à cruz, ao vê-lo oferecer silenciosamente a vida pelas suas ovelhas. Quando chegou, para ele e para os outros apóstolos, o momento de assumirem esta mesma missão, então lembraram-se daquelas palavras. Deram-se conta de que estariam em condições de levar a missão até ao seu cumprimento apenas porque Jesus tinha assegurado de que seria ele mesmo a agir neles. Pedro, de modo particular, foi disso bem consciente, ele, "a testemunha da Paixão de Cristo" (1Pe 5,1), que exortava os anciãos da Igreja nestes termos: "Sede os pastores do rebanho de Deus que vos foi confiado" (1Pe 5,2).No decorrer dos séculos, os sucessores dos apóstolos, conduzidos pelo Espírito Santo, continuaram a reunir o rebanho de Cristo e a conduzi-lo para o Reino dos Céus, conscientes de que só podiam assumir tal responsabilidade "por Cristo, com Cristo e em Cristo". Foi esta mesma consciência que eu tive quando o Senhor me chamou a exercer a missão de Pedro nesta bem amada cidade de Roma e ao serviço do mundo inteiro. Desde o início do meu pontificado, os meus pensamentos, as minhas orações e as minhas acções foram animadas por um único desejo: testemunhar que Cristo, o Bom Pastor, está presente e a agir na Igreja. Ele anda continuamente à procura da ovelha perdida, recondu-la ao redil, trata as suas feridas; vela pela ovelha fraca e doente e protege a que é robusta (Ez 34,16). É por isso que, desde o primeiro dia, nunca deixei de exortar: "Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o seu poder!" Digo-o de novo hoje, com força: "Abri, abri de par em par as portas a Cristo! Deixai-vos conduzir por ele. Tende confiança no seu amor!"
João Paulo II (Homilia para o 25º aniversário do seu pontificado)
quarta-feira, novembro 08, 2006
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