segunda-feira, agosto 20, 2007

O pão celestial é Cristo...

"A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida" (São João 6, 55)

A Árvore da Vida é o amor de Deus. Adão perdeu-o na sua queda e nunca mais encontrou a alegria mas, pelo contrário, trabalhava e penava numa terra cheia de espinhos (Gn 3, 18). Aqueles que estão privados do amor de Deus comem o pão do seu suor (Gn 3, 19) em todas as suas obras, ainda que sigam um caminho recto; foi esse o pão que foi dado a comer à primeira criatura após a queda. Até que encontremos o amor, o nosso trabalho é aí, na terra dos espinhos...; seja qual for o grau da nossa justiça pessoal, é com o suor do nosso rosto que vivemos.
Mas, quando encontramos o amor, alimentamo-nos do pão celestial e somos reconfortados para além de qualquer obra e de qualquer pena. O pão celestial é Cristo, que desceu do céu e deu a vida ao mundo. É esse o alimento dos anjos (Sl 77, 25). Aquele que encontrou o amor alimenta-se de Cristo cada dia e a toda a hora e torna-se imortal. Porque Ele disse: "Quem come o pão que eu lhe der não verá a morte". Feliz aquele que come o pão de amor, que é Jesus. Porque quem se alimenta do amor, alimenta-se de Cristo, do Deus que domina o Universo, Aquele de quem João testemunha, dizendo: "Deus é amor" (1 Jo 4, 8).
Portanto, o que vive no amor recebe de Deus o fruto da vida. Respira neste mundo o próprio ar da ressurreição, esse ar que faz as delícias dos justos ressuscitados. O amor é o Reino. Foi dele que o Senhor ordenou misteriosamente aos apóstolos que se alimentassem; "comer e beber na mesa do meu Reino" (Lc 22, 30), que é isso senão o amor? Porque o amor é capaz de alimentar o homem em vez de qualquer outro alimento e bebida. É esse "o vinho que alegra o coração do homem" (Sl 104,16); feliz aquele que bebe de tal vinho.
Santo Isaac o Sírio (século VII)
Monge em Nínive, perto de Mossul no actual Iraque

2 comentários:

Luis Carlos disse...

Olá Nelson,

É muito fácil deixar as frases de Jesus em Jesus e afastarmo-nos por que isso não nos diz respeito, e dizermos que foi ele que disse e se disse aquilo, é por que ele é deus, filho de deus, segunda pessoa da trindade, e isto é tornar Jesus num deus, coisa que ele nunca quis ser, pois foi um ser humano até às últimas consequências, mas ao fim de 400 anos após a sua morte física, conseguiram torná-lo num semi-deus e assim é transmitido até hoje através das igrejas cristãs.

O que peço, e isto é uma heresia (quanto herético Jesus foi?), é que façamos nossas as suas palavras, pois, esse é o seu convite. Então, a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida, a minha carne é para ser doada a todos que dela necessitem e ela é verdadeira comida que alimenta quem se aproxima de mim e me ouve, a carne também pode ser traduzida como o sólido, o sangue é o líquido, carne e sangue quer dizer tudo, então dou-me todo, dou-me a todos incluindo a mim próprio. Eu sou alimento para quem tem fome, eu sou bebida para quem tem sede, a carne come-se, o sangue bebe-se, eu não necessito da minha carne e do meu sangue para viver após a morte física, pois o meu corpo ficará cá de onde ele nasceu, de onde ele provém, assim é a natureza, pois todos os seres vivos se alimentam e bebem de uns e de outros.

Que assim seja.
Luís Carlos

Elsa Sequeira disse...

Olá Nelson!
Gostei de ler!
Entretanto passa lá por "casa", vai gostar!

beijinhos!!!


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