domingo, janeiro 14, 2007

A àgua transformada em vinho

"Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda. Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: «Não têm vinho!» Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.» Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!» Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma. Disse-lhes Jesus: «Enchei as vasilhas de água.» Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.» E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!» Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele. Depois disto, desceu a Cafarnaúm com sua mãe, os irmãos e os seus discípulos, e ficaram ali apenas alguns dias." ( Sao João 2, 1-12)
Ao transformar em vinho a água que enchia as talhas, o Salvador fez duas coisas: forneceu uma bebida aos convidados do casamento e quis dizer que, pelo baptismo, os homens iam ficar cheios do Espírito Santo. Aliás, o próprio Senhor o declarou noutro altura ao dizer: “Deita-se o vinho novo em odres novos” (Mt 9,17). Os odres novos significam, com efeito, a pureza do baptismo, o vinho a graça do Espírito Santo.
Catecúmenos, prestai uma atenção particular. O vosso espírito, que ignora ainda a Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento do baptismo, como um vinho, para transformar um líquido pobre e sem valor, em graça preciosa e rica. Como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce; então, poderemos dizer com o apóstolo Paulo: “Somos para Deus o bom odor de Cristo” (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água que está imóvel, fria e sem cor…, inútil, incapaz de restabelecer as forças. Conservada por muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se fétida… O Senhor disse: “Quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde todos os dias a sua aspereza, e adquire um ‘bouquet’ macio, com um rico sabor. De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquire a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.
S. Máximo de Turim ( cerca 420), bispo

1 comentário:

valter disse...

De fato a água se tornou vinho, mas por que teria Maria falado para Ele que o vinho acabou? Isso porque Ele pediu que ela trouxesse vinho. Era mentira. Os festeiros jamais deixariam faltar o produto. Então o Senhor afirmou que as talhas estavam cheias de vinho, mas ali estava a água da purificação, trazida com muito trabalho. As talhas eram de três almudes (mais de l00 litros cada. Não teriam ainda embebedado mais os convidados. Quando abriram as talhas e viram que a agua se tornaram vinho ficaram sem saída. É dificil a compreensão pela tradução mal feita. Se quiser comentário completo é só entrar em contato.

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