segunda-feira, julho 16, 2007

Cristo abraçou a Cruz por MIM

A Cristo Jesus deves toda a tua vida, pois que Ele deu a sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não suportasses tormentos eternos. Que poderá haver para ti de duro e medonho, se te lembrares que aquele que era de condição divina na luz da sua eternidade, antes do nascer da aurora, no esplendor dos santos, ele mesmo resplendor e imagem da substância de Deus, veio à tua prisão, enterrar-se até ao pescoço, como se diz, no fundo do teu lodo? (Fil 2, 6; Sl 109, 3; Heb 1, 3; Sl 68, 3)
O que é que não te parecerá doce, quando tiveres reunido no teu coração todas as tristezas do teu Senhor e te lembrares, primeiro, das condicionantes da sua infância, depois, das fadigas da sua pregação, das tentações dos seus jejuns, das suas vigílias de oração, das suas lágrimas de compaixão, das maquinações que armaram contra ele... e, depois, das injúrias, dos escarros, das bofetadas, das chicotadas, do escárnio, da troça, dos pregos, de tudo o que suportou para nossa salvação?
Que compaixão imerecida, que amor gratuito assim provado, que estima inesperada, que doçura surpreendente, que bondade invencível! O rei da glória (Sl 23) crucificado por um escravo tão desprezível! Quem é que alguma vez ouviu tal, que alguma vez viu algo semelhante? «É que dificilmente alguém morria por um justo» (Rom 5, 7). Mas Ele, foi por inimigos e por injustos que morreu, escolhendo deixar o céu para nos conduzir ao céu, Ele, o doce amigo, o sábio conselheiro, o apoio firme. Que daria eu ao Senhor por tudo aquilo que me deu? (Sl 115, 3)
São Bernardo (1091-1153)
Monge cisterciense e Doutor da Igreja

8 comentários:

Nelson Viana disse...

Gostaria de deixar estas palavras a todos aqueles que sofem tribulações, e de maneira particular, a alguém muito especial...

Palavras de Jesus recolhidas do Diário da Irmã Faustina:

"Embora todas as obras, que nascem por minha vontade, sejam expostas a grandes sofrimentos, todavia vê se houve alguma que tenha tido maiores obstáculos do que a minha obra de redenção. Não te preocupes demasiado com as contrariedades."

"Eu permito as contrariedades para aumentar os seus méritos. Recompenso não por o resultado ser positivo, mas pela paciência e fadiga que por Mim suportaram."

Endereço:
http://espaco-de-paz.awardspace.com/misericordia_divina.html

Maria João disse...

O que posso dizer? Está tudo dito. Como dizia S. Daniel Comboni, as grandes obras começam e acabam na cruz.

Gostei muito. Obrigado por este momento... Serviu-me a carapuça :)

bjs em Cristo

Nunca deixes de ser o rosto de Cristo.

Luis Carlos disse...

Nelson,

Esta é uma forma muito piegas de ver Jesus, quase infantil, pudera, vinda do Bernardo, o monge que viveu longe da vida do mundo, ao contrário do que Jesus viveu, bem mais perto e dentro do mundo. Se a igreja tem este senhor Bernardo como doutor da igreja, bem lhe podiam mandá-lo para a valência de psiquiatria.

Custa a acreditar que um jovem como tu, nascido no século XX, e vivendo já no século XXI, ainda vá nesta conversa piega deste monge do século XI-XII.

Achas que Jesus não sabia o que fazia?
Achas que Jesus pensou como este monge?
Achas que Jesus não sabia com quem é que se estava a meter?
Achas que Jesus não sabia onde é que se estava a meter?
Achas que Jesus não controlou os acontecimentos até morrer?
Achas que Jesus suportou tudo aquilo para nos salvar?
Salvar de quê?
Achas que Jesus morreu por ti?

A morte foi o último recurso que Jesus utilizou para fazer entender a sua mensagem aos apóstolos que continuavam duros e implacavelmente agarrados às crenças antigas de um Messias que iria começar uma luta armada e repor a ordem e a lei no país que era Israel. Pelos vistos os ditos apóstolos de hoje continuam a pensar como os primeiros apóstolos, mas as armas são outras.

Jesus sabia que se metesse com o poder político e religioso, iria ser condenado à morte, nem foi preciso a traição de Judas para isso acontecer, por isso escolheu um sítio perto de Jerusalém por aqueles dias, e visto não estar a conseguir fazer entender aos apóstolos que o Reino de Deus era outra coisa diferente do que eles pensavam e esperavam. Qual é a melhor maneira para que as nossas palavras sejam valorizadas e entendidas? É a morte. Quando morremos, todas as nossas acções e palavras, que fizemos e dissemos, tornam-se supervalorizadas devido às emoções que correm dentro dos outros que ficam cá, e assim aconteceu com os apóstolos, a emoção fez desligar as suas mentes, e quando isso acontece a nossa alma tem uma via directa para chegar a nós, finalmente eles sentiram Jesus completo nos seus corações. A nossa mente não suporta a morte, por que ela morre com o nosso corpo.

Quem tem ouvidos que oiça, quem tem olhos que veja, quem tem entendimento que entenda.

Um abraço forte,
Luís Carlos

Nelson Viana disse...

Caro luís, tu anuncias um evangelho diferente daquele que está escrito , pois negas a divindade de Cristo, negas que Ele tenha morrido para a nossa salvação. Por isso, estas palavras continuam a fazer sentido:

"Estou admirado de que tão depressa vos afasteis daquele que vos chamou pela graça de Cristo, para seguirdes outro Evangelho" (Gálatas 1, 6)

Quando leio o que escreves, também me recordo rapidamente destas palavras:

"Entretanto, irmãos, exorto-vos a que tenhais cautela com os que provocam divisões e escândalos contra a doutrina que aprendeste; desviai-vos deles. É que essa gente não é a Cristo Senhor que serve, mas ao seu próprio ventre; e com palavras lindas e lisonjeiras enganam os corações dos ingénuos." (Romanos 16, 17-18)

E ainda:

"Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os próprios desejos. Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas." (2 Timóteo 4, 3-4)

Neste caso, também posso acrescentar:

"Quem tem ouvidos que oiça, quem tem olhos que veja, quem tem entendimento que entenda"

Forte abraço

Luis Carlos disse...

Atenção Nelson,

Eu não nego a divindade de Jesus, assim como não nego a minha divindade, nem a tua divindade, e ainda nem a divindade de todos os seres humanos.

Jesus morreu para que nós comprendessemos as suas palavras e acções. De quê ou de quem ele viria nos salvar? Só mesmo de nós mesmos, essa é a salvação, se é que há alguma salvação.

O meu evangelho vem do meu coração, assim como veio do coração de Jesus, que nunca se apegou à letra morta do antigo testamento, tal não acontece contigo, o teu coração exulta com palavras e coisas que são contrárias à letra morta do evangelho escrito e à lei da igreja, mas no entanto tu não ouves o teu coração nem te deixas conduzir por ele, estás preso e enredado como o jovem rico.

Talvez seja essa a diferença, a forma de vivermos connosco mesmos, tu sentes a segurança e o apoio da palavra escrita para justificar o que a tua mente (onde estão os ensinamentos da igreja) te diz o que é certo, eu vou pelo coração, pela alma, ela que me orienta, que não me faz sentir em segurança, nem apoio de ninguém, que afinal estou só perante mim mesmo, é assim que vivo periclitantemente o momento presente sem a rede da palavra morta do livros sagrados.

Nelson te digo, os caminhos que trilhas neste momento na tua vida, já eu os trilhei, e sei bem o que estás a fazer e a sentir, simplesmente assumiste o papel de sumo-sacerdote, o papel de escriba, o papel de fariseu, o papel de doutor da Lei, o que eu te digo a ti, a mim mesmo o disse no passado, e depois chorei, por que me senti como o filho pródigo voltando para o pai, de outra forma, voltei para mim mesmo, encontrei-me, reencontrei-me com o meu Eu mais profundo, deixei de estar na superfície.

Boa viagem, e que nela te encontres a ti mesmo.
Um abraço forte para esse reencontro que um dia há de surgir para ti e por ti.
Luís Carlos

Elsa Sequeira disse...

Nélson!!

Sim! Jesus tudo sofreu por nós!
Por isso todos nós devemos abraçar todas as pequeninas cruzes que se nos ão deparando na vida, na certeza que toda a Cruz é redenção!


Bjtos!!!

Maria João disse...

O que dizes, Luís Carlos, pode ser muito perigoso. Essa do Evangelho estar dentro de nós pode levar-nos a pensar como quisermos e bem nos apetecer. Não esqueçamos que há quem mate supostamente em nome de Deus, como se Deus, que é Amor, fosse a favor da morte.

Além disso, Jesus não fez letra morta do que estava escrito, Ele aperfeiçou o que estava escrito, porque as pessoas tinham a tendência para viver apenas a letra da lei, sem pensarem que Deus é Amor. Daí Ele falar que nos dá um novo mandamento: o Amor.

Não esqueçamos esta passagem:

"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu." (Mt 5, 17-19)

beijos em Cristo

Luis Carlos disse...

Maria João,

Humm, perigoso?
Perigoso como Jesus foi?
O que é a tua alma?
Que achas que está lá inscrito?
Será que o espírito está preso a alguma coisa?
Será o espírito a liberdade?
Qual o medo de ser livre?
Quem é que matou mais pessoas?
As pessoas que seguem os livros sagrados e a eles estão agarrados?
Ou as pessoas que estão livres de seguirem livros sagrados?
Quantas linhas Jesus escreveu?
Que Lei a que Jesus se refere?
Será que é a Lei do Amor?
Será que a advertência que Jesus faz, diz respeito à Lei do Amor ou Lei do Talmude?
E a Lei do Amor está inscrita aonde?
Será que está inscrita na alma/espírito?
Será que Jesus está a chamar a atenção de que, alguém que não viva segundo a sua alma é menor em consciência?

Até já,
Luís Carlos

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