quarta-feira, julho 18, 2007

"Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" (Gálatas 4, 4)

[Em resposta às] aspirações do espírito humano em busca de Deus, a "plenitude dos tempos" põe em relevo a resposta do próprio Deus. O envio de Seu Filho, consubstancial ao Pai, como homem "nascido de mulher" (Ga 4, 4), constitui a etapa culminante e definitiva da revelação que Deus faz de Si mesmo à humanidade. A mulher encontra-se no coração deste acontecimento salvífico. Na sua essência, a revelação que Deus faz de Si mesmo, a saber, a unidade insondável da Trindade, está contida na Anunciação de Nazaré: "-Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e chamar-lhe-ás Jesus. Ele será grande e será chamado o Filho do Altíssimo. -Como será isso, se eu não conheço homem? -O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso, o santo que nascer será chamado Filho de Deus... Porque nada é impossível a Deus."
É fácil compreender este acontecimento na perspectiva da história de Israel, o povo eleito de quem Maria é filha, mas é também fácil compreendê-lo na perspectiva de todos os caminhos por onde a humanidade procura desde sempre uma resposta às questões fundamentais e ao mesmo tempo definitivas que mais a obsecam. Não é verdade que, na Anunciação de Nazaré, se encontra o início da resposta definitiva pela qual o próprio Deus vai ao encontro da inquietação do coração humano? Não se trata aqui apenas de palavras de Deus reveladas pelos profetas mas, no momento desta resposta, o Verbo faz-se realmente carne (Sã João 1, 14). Maria atinge uma tal união a Deus que ultrapassa todas as expectativas do espírito humano. Ultrapassa mesmo as expectativas de todo o Israel e, em particular, das filhas desse povo eleito que, em virtude da promessa, podiam esperar que uma deles se tornasse um dia a mãe do Messias. Contudo, qual, de entre elas, podia supor que o Messias prometido seria o "Filho do Altíssimo"? A partir da fé monoteísta no tempo do Antigo Testamento, era dificilmente imaginável. Só pela força do Espírito Santo que "veio sobre ela" é que Maria pôde aceitar o que "é impossível aos homens mas possível a Deus" (Mc 10, 27).
João Paulo II

2 comentários:

Maria João disse...

É esta união com Deus que devemos todos sentir. Não é fácil.

Mas, se preservarmos na oração, aplicarmos a Palavra de Amor de nosso Pai e formos pacientes na espera, o Pai vai dar-nos essa união. Ela é possível. Não só porque para Deus tudo é possível, mas também porque é essa a Sua Vontade. E porquê? Porque Ele sabe que nós precisamos dessa união, dessa aproximação a Si para enfrentarmos as adversidades desta vida com fé, esperança e caridade, a fim de alcançarmos a tão desejada vida eterna, ou seja, a vida em que estamos cara a cara com o nosso Pai.

Deus vai trazer-nos a ajuda necessária para conseguirmos essa aproximação e essa união.

Força para todos... e para mim!:)

bjs em Cristo

Luis Carlos disse...

Olá Nelson,

As expectativas enfraquecem o amor, e o espírito humano, segundo o Karol, tem expectativas na busca de Deus, e frisa que estas expectativas põem em relevo a resposta do próprio Deus, muito amoroso este deus.

E eu que pensava que Deus tinha/tem/terá inúmeros filhos/filhas, afinal só tem um e ainda por cima, homem, que pobre deus é este. Tão fraco é este deus que precisa de uma mulher humana para que o seu único filho nasça sem o pecado do sexo, este deus é mesmo avesso ao sexo, ena pá, deus precisa de uma mulher para fazer a revelação de si mesmo à humanidade, como se os humanos até àquela altura fossem uns pedaços de carne ambulante, e o Karol acentua “…a etapa culminante e definitiva revelação…”, não dando hipótese a deus de voltar a fazer o mesmo, parabéns Karol, até deus consegues controlar.

Tinha que ser “insondável” a unidade da trindade, mas pelos os vistos o Karol percebe da santíssima trindade aos potes, até diz a deus para não repetir a dose. Mais parece os truques dos mágicos, pois também são insondáveis, e que tão bem eles nos enganam, melhor, deixamo-nos enganar por eles.

Lá voltamos nós. Em todos os tempos os grandes homens a quem era reconhecido poderes divinos, como vindos directos da divindade, e como eles não podiam ter tido uma concepção e nascimento igual ao comum dos mortais, no entendimento daquelas épocas, mais tarde inventavam a história dos seus nascimentos em que as suas mães concebiam os seus filhos através da intervenção divina, isto tudo para justificar as capacidades e poderes daqueles homens que eram considerados pelos seus seguidores, deuses em forma humana. Assim os evangelistas, foram buscar esta mesma ideia e passaram-na para a história de Jesus, como justificação daquilo que fez, disse e sentiu. Isto era comum na altura, portanto continuar a acreditar nesta história é acreditar que existe o país das maravilhas da Alice.

Karol diz que é fácil acreditar neste acontecimento (do nascimento de Jesus), só se for pela perspectiva pagã de deuses intervenientes directos na história e que controlam a vida das pessoas com listas intermináveis de leis morais a serem seguidas com pena de sofrerem pesadas punições por parte desses mesmos deuses, deuses esses que necessitam sempre de uma classe sacerdotal. Estranho não é?

Respondendo à pergunta do Karol, digo não, pois Jesus é concebido e nasce como outro ser humano qualquer, e por outro lado, ninguém põe ponto final, na vivência pessoal e interna com Deus em que toda a pessoa humana se encontra desde sempre, Deus já se encontrava na alma (a alma é Deus em nós) de todas as pessoas que viveram com Jesus, por isso mais tarde, quando Jesus se sentiu desperto para outras realidades, partiu pelo país a despertar as pessoas, a despertá-las para que assumissem que alma delas, é Deus. O Verbo continuamente se faz carne em cada ser humano que nasce para esta vida.

O Karol acredita mesmo, mesmo, mas mesmo, mesmo, que Maria mãe de Jesus foi inseminada por intervenção directa de deus, os únicos casos destes no reino animal são alguns répteis que conseguem produzir embriões sem inseminação.

Por último, Karol reafirma a fé (ou fezada) nesta deusa que é para ele, esta espécie de mãe de Jesus, qual caricatura da verdadeira mãe de Jesus, ele que foi o grande incentivador dos santuários marianos por todo o mundo, para desgraça de quem lá vai arrastar-se pelo chão, tentando forçar a clemência à força do sofrimento, através de mais sofrimento, para que aquela deusa de pedra interceda por elas junto do deus malvado e mal-disposto que não ouve nem atende as vítimas de todo o tipo de infortúnio que ele próprio envia para as experimentar, qual Templo de Jerusalém, onde os fiéis entregavam animais, às centenas, para os sacrifícios, e onde os banqueiros e os agiotas extorquiam até à última moeda, os fiéis do Templo; e como se regalavam os sumo-sacerdotes, os fariseus, os levitas, e os doutores da Lei, com toda aquela carne e dinheiro disponíveis, e tudo isto é possível ao homem porque Deus não o impossibilita.

Sugestão: Procura informação sobre a seita judaica dos essénios e também dos terapeutas, e verifica se há alguma ligação com a vivência de Jesus.

Até já

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