segunda-feira, julho 30, 2007

A Caminhada na TV

Link:

http://fe-e-missao.blogspot.com/2007/07/sempbrir-darfur-foi-noticia-na-rtp.html

Caminhada a Fátima

Terminou a peregrinaçao a Fátima. Depois de 90 kms e muitas bolhas, Nossa Senhora recebeu-nos de braços abertos no seu santuário. Durante estes dias, os peregrinos tiveram sempre presente nas suas orações as vitimas do Darfur.
Foi também uma maneira de sensibilizar as pessoas para este problema. Já em Fátima houve uma exposição relacionado com a situação no Darfur, onde se pôde comtemplar alguns quadros com imagens que demostram a realidade vivida por estas populações. Realizou-se também uma petição e ainda uma recolha de fundos para serem utilizados em projectos do Pe Feliz, o qual se encontra neste momento em missão junto deste povo.
Aqui ficam algumas fotos dos peregrinos:



domingo, julho 22, 2007

Caminhada a Fátima

O Centro Vocacional Juvenil (CVJ) dos Missionários Combonianos, organiza de 24 a 28 de Julho uma caminhada jovem a Fátima de oração com e pelo Darfur, existindo dois percursos:
Azambuja – Fátima,
para os jovens do sul
Coimbra-Fátima, para os jovens do centro e norte
COM o Darfur:
ao longo do percurso teremos presente situações e pessoas concretas do Darfur. Com elas presentes no nosso espírito, grupo, e actividades, caminharemos em comunhão. A ausência física não diminuirá a nossa comunhão com todos os nossos irmãos, que diariamente têm de caminhar para fugir aos horrores da guerra e da fome.
PELO Darfur: todas as actividades, orações e reflexões serão direccionadas e terão como objectivo a paz no Darfur. O Darfur é hoje o ícone da humanidade sofredora, errante, martirizada. Rezar pelas populações do Darfur é interceder por toda a humanidade, sobretudo por aquelas situações e pessoas mais necessitadas no momento. Não podemos ficar calados e ser cúmplices deste drama humanitário e daqueles que tendo o poder, nada fazem para que a situação se transforme. As situações e pessoas concretas foram-nos oferecidas pelo P. Feliz Martins, missionário comboniano em Nyala, no Darfur. Pedimos e encorajamos todos os participantes a optar por um compromisso concreto em favor do Darfur através da assinatura de uma petição, organização de eventos que falem do Darfur nos seus grupos, movimentos, paróquias e associações. A caminhada termina integrando-se na Peregrinação da família comboniana no dia 28.
Publicado no blog:
Gostaria de informar que também eu irei participar na caminhada, mas fazendo parte da equipa de apoio aos peregrinos.
Peço a todos vós que também participem, unindo-se a nós na oração pelo Darfur e por todos os necessitados desde mundo.
Obrigado e uma boa semana.

Evangelho do dia - Marta e Maria

"Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.» (São Lucas 10, 38-42)
Quem melhor do que os que estão encarregados de uma comunidade merece que se lhes apliquem estas palavras: “Marta, Marta, andas ocupada com muitas coisas”? Quem são os que se inquietam com muitas coisas, senão aqueles a quem incumbe cuidar de Maria, a contemplativa, de seu irmão Lázaro, e de muitos outros? Reconheceis Marta inquieta e preocupada com mil assuntos: é o apóstolo, que tem o “cuidado de todas as igrejas” (2 Cor 11, 28), que vela para que os pastores tenham o cuidado das suas ovelhas: “Quem é fraco, sem que eu também o seja? Quem tropeça, que eu não me consuma com febre?” (29). Que Marta receba, pois, o Senhor em sua casa, dado que lhe foi confiado o cuidado do lar. Que os que partilham as suas tarefas recebam igualmente o Senhor, cada um segundo o seu ministério particular; que acolham a Cristo e O sirvam, que O assistam nos seus membros: os doentes, os pobres, os viajantes e os peregrinos.
Enquanto eles realizam estas actividades, que Maria permaneça em repouso, que conheça “como é bom o Senhor” (Sl 33, 9). Que tenha o cuidado de se deitar aos pés de Jesus, com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem d'Ele desviar os olhos, atenta a todas as Suas palavras, admirando o Seu belo rosto e a Sua linguagem. “És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios se derramou a graça” (Sl 44, 3), mais belo ainda do que os anjos na sua glória. Conhece a tua alegria e dá graças, Maria, tu que escolheste a melhor parte. Felizes os olhos que vêem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir o que tu ouves! (Mt 13, 16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor!
São Bernardo (1091-1153)
Monge cisterciense e Doutor da Igreja

sexta-feira, julho 20, 2007

Festival Jota

Toda a Informação em:http://www.festivaljota.com/
Se quiserem desfrutar da música que vai passar no Festival Jota, passem por:

quarta-feira, julho 18, 2007

Oração pelo Darfur

Na próxima sexta-feira, dia 20, realiza-se uma oração de TaiZé pelo Darfur , às 19h45m, na Igreja de S. Nicolau, na Baixa de Lisboa.
Participa e divulga! Se não puderes estar presente, reza na mesma.
(Publicado em: http://deusemtudoesempre.blogspot.com/ e em http://plataformafrica.blogspot.com/ )

"Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" (Gálatas 4, 4)

[Em resposta às] aspirações do espírito humano em busca de Deus, a "plenitude dos tempos" põe em relevo a resposta do próprio Deus. O envio de Seu Filho, consubstancial ao Pai, como homem "nascido de mulher" (Ga 4, 4), constitui a etapa culminante e definitiva da revelação que Deus faz de Si mesmo à humanidade. A mulher encontra-se no coração deste acontecimento salvífico. Na sua essência, a revelação que Deus faz de Si mesmo, a saber, a unidade insondável da Trindade, está contida na Anunciação de Nazaré: "-Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e chamar-lhe-ás Jesus. Ele será grande e será chamado o Filho do Altíssimo. -Como será isso, se eu não conheço homem? -O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso, o santo que nascer será chamado Filho de Deus... Porque nada é impossível a Deus."
É fácil compreender este acontecimento na perspectiva da história de Israel, o povo eleito de quem Maria é filha, mas é também fácil compreendê-lo na perspectiva de todos os caminhos por onde a humanidade procura desde sempre uma resposta às questões fundamentais e ao mesmo tempo definitivas que mais a obsecam. Não é verdade que, na Anunciação de Nazaré, se encontra o início da resposta definitiva pela qual o próprio Deus vai ao encontro da inquietação do coração humano? Não se trata aqui apenas de palavras de Deus reveladas pelos profetas mas, no momento desta resposta, o Verbo faz-se realmente carne (Sã João 1, 14). Maria atinge uma tal união a Deus que ultrapassa todas as expectativas do espírito humano. Ultrapassa mesmo as expectativas de todo o Israel e, em particular, das filhas desse povo eleito que, em virtude da promessa, podiam esperar que uma deles se tornasse um dia a mãe do Messias. Contudo, qual, de entre elas, podia supor que o Messias prometido seria o "Filho do Altíssimo"? A partir da fé monoteísta no tempo do Antigo Testamento, era dificilmente imaginável. Só pela força do Espírito Santo que "veio sobre ela" é que Maria pôde aceitar o que "é impossível aos homens mas possível a Deus" (Mc 10, 27).
João Paulo II

segunda-feira, julho 16, 2007

Cristo abraçou a Cruz por MIM

A Cristo Jesus deves toda a tua vida, pois que Ele deu a sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não suportasses tormentos eternos. Que poderá haver para ti de duro e medonho, se te lembrares que aquele que era de condição divina na luz da sua eternidade, antes do nascer da aurora, no esplendor dos santos, ele mesmo resplendor e imagem da substância de Deus, veio à tua prisão, enterrar-se até ao pescoço, como se diz, no fundo do teu lodo? (Fil 2, 6; Sl 109, 3; Heb 1, 3; Sl 68, 3)
O que é que não te parecerá doce, quando tiveres reunido no teu coração todas as tristezas do teu Senhor e te lembrares, primeiro, das condicionantes da sua infância, depois, das fadigas da sua pregação, das tentações dos seus jejuns, das suas vigílias de oração, das suas lágrimas de compaixão, das maquinações que armaram contra ele... e, depois, das injúrias, dos escarros, das bofetadas, das chicotadas, do escárnio, da troça, dos pregos, de tudo o que suportou para nossa salvação?
Que compaixão imerecida, que amor gratuito assim provado, que estima inesperada, que doçura surpreendente, que bondade invencível! O rei da glória (Sl 23) crucificado por um escravo tão desprezível! Quem é que alguma vez ouviu tal, que alguma vez viu algo semelhante? «É que dificilmente alguém morria por um justo» (Rom 5, 7). Mas Ele, foi por inimigos e por injustos que morreu, escolhendo deixar o céu para nos conduzir ao céu, Ele, o doce amigo, o sábio conselheiro, o apoio firme. Que daria eu ao Senhor por tudo aquilo que me deu? (Sl 115, 3)
São Bernardo (1091-1153)
Monge cisterciense e Doutor da Igreja

domingo, julho 15, 2007

Evangelho do dia - "Vai e faz tu o mesmo"

Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra, Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.» (São Lucas 10, 25-37)
"Um homem descia de Jerusalém a Jericó”. Cristo não disse “alguém descia”, mas “um homem descia”, porque a passagem diz respeito a toda a humanidade. Esta, na sequência do pecado de Adão, abandonou o local elevado, repousante, maravilhoso e sem sofrimento que era o Paraíso, adequadamente chamado Jerusalém – nome que significa “a Paz de Deus” – e desceu para Jericó, local plano e escavado, onde o calor é sufocante. Jericó é a vida febril deste mundo, vida que separa de Deus. Assim, pois, uma vez que a humanidade se afastou do bom caminho para esta vida, os demónios selvagens vêm atacá-la à maneira de um bando de malfeitores. Despojam-nas das suas vestes de perfeição, não lhe deixando qualquer vestígio de força de alma, de pureza, de justiça ou de prudência, ou de qualquer dos elementos que caracterizam a imagem divina (Gen 1, 26); mas, atingindo-a com os golpes repetidos dos diversos pecados, derrubam-na e abandonam-na meio morta.
A lei dada por Moisés vigorou, mas faltava-lhe força, não podia conduzir a humanidade a uma cura completa, não elevava aquele que jazia por terra. É que a Lei oferecia sacrifícios e oferendas que não podiam tornar perfeitos, em consciência, aqueles que praticavam este culto, porque “é impossível que o sangue dos touros e dos carneiros tire os pecados” (Heb 10, 4).
Passou finalmente um samaritano. Cristo dá a Si próprio o nome de samaritano. Porque foi Ele mesmo quem veio, realizando o desígnio da Lei e fazendo ver, pelas suas obras, quem é o próximo e o que significa amar os outros como a si mesmo.
São Severo de Antioquia (c. 465-538)
Bispo

sexta-feira, julho 13, 2007

"Também Eu não te condeno"

"...quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra...Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»" (São João 8, 1-11)
Ó meu Deus, que amas perdoar, meu Criador,
faz crescer sobre mim o fulgor da tua luz inacessível
para que encha de alegria meu coração.
Ah! não te irrites! Ah! não me abandones!
Mas faz resplandecer a minha alma com a tua luz,
porque a tua Luz, ó meu Deus, és Tu...
Afastei-me do caminho recto, do caminho de Deus,
e caí lamentavelmente da glória que me tinha sido dada.
Fui despojado da veste luminosa, da veste de Deus,
e, caído nas trevas, nas trevas permaneço,
e não sei mesmo que estou privado da Luz...
Porque, se Tu brilhaste no alto, se apareceste na obscuridade,
se vieste ao mundo, ó Misericordioso, se quiseste viver com os homens,
segundo a nossa condição, por amor ao homem,
se disseste que eras a luz do mundo (Jo 8,12)
e, ainda assim, nós não te vimos,
não seremos nós totalmente cegos
e mais desgraçados do que os próprios cegos, ó meu Cristo?...
Mas Tu, que és todos os bens,
Tu os dás sem cessar aos teus servos,
aos que vêem a tua luz...
Quem te possui, realmente possui tudo em ti.
Que eu não seja privado de ti, Mestre!
Que eu não seja privado de ti, Criador!
Que eu não seja privado de ti, Misericordioso,
eu que sou um humilde estrangeiro...
Peço-te: dá-me um lugar junto de ti,
mesmo se multipliquei meus pecados mais do que todos os homens.
Aceita a minha oração como a do publicano (Lc 18, 13),
como a da prostituta (Lc 7, 38), Mestre,
ainda que eu não chore como ela...
Não és tu a nascente da piedade, a fonte da misericórdia e o rio da bondade?
Tem piedade de mim!
Sim, tu que tiveste as mãos, que tiveste os pés pregados na cruz,
que tiveste o lado trespassado pela lança, ó todo-Compassivo,
tem piedade de mim e arranca-me ao fogo eterno...
Que nesse dia eu me erga sem condenação diante de ti,
para ser acolhido na sala das tuas núpcias,
em que partilharei a tua felicidade, meu bom Mestre,
na alegria inexprimível, por todos os séculos.
Ámen!
São Simeão, o Jovem Teólogo (c. 949-1022)
Monge ortodoxo

quinta-feira, julho 12, 2007

As minhas sete maravilhas

Como resposta ao desafio lançado pela minha amiga Maria João no blog: http://deusemtudoesempre.blogspot.com/ , aqui ficam as minhas sete maravilhas.
Jesus Cristo
,
por ter sofrido o que sofreu por "MIM";
Igreja, por me ter dado a conhecer o caminho que leva ao encontro do Salvador;
Família, pelo amparo humano que me tem dado, pela paciência, pelo sacríficio;
Amigos, pela contínua presença;
Desporto, onde se destaca o futevolei, para que o meu corpo seja como a minha alma: saudável;
Internet, local onde me perco cristianamente falando;
Vida, pois sem este Dom de Deus, nada disto seria possível.
Agora lanço o mesmo desafio ao meu amigo Luís Carlos do: http://espiritualidades.blogspot.com/

terça-feira, julho 10, 2007

A Igreja Católica foi a única igreja fundada por Jesus

Bento XVI retoma posição de João Paulo II: só a Igreja Católica é «verdadeira»
Um documento de Bento XVI, hoje publicado pela Santa Sé, reafirma «a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja Católica».
Intitulado «Respostas a questões relativas a alguns aspectos da Doutrina sobre a Igreja» – cinco páginas de texto assinadas pelo Perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada, com data de 29 de Junho –, o texto elabora uma síntese de um conjunto de documentos do Concílio Vaticano II, de declarações dos Papas Paulo VI e João XXIII e de um polémico documento de João Paulo II, a «Dominus Iesus», no qual já o então cardeal Ratzinger escrevia que só à Igreja de Roma «foi confiada a verdade».
Sublinhando que o documento hoje divulgado pretende «dar com clareza a genuína interpretação» sobre a constituição da Igreja fundada por Jesus, a Declaração é elaborada de forma singular, em jeito de pergunta e resposta. E logo se esclarece que é na Igreja do Papa de Roma que subsiste «a continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo». Por isso, conclui que as comunidades protestantes não podem ser consideradas de Igrejas. Porquê? «não têm sucessão apostólica» – aquilo que Roma considera como uma linha sucessória, de continuidade entre os papas, desde S. Pedro – e por esta razão as Igrejas protestantes estão privadas daquele «elemento essencial».
Link
para o documento: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20070629_responsa-quaestiones_po.html

segunda-feira, julho 09, 2007

"Nunca nenhum homem falou assim" São João 7, 46

"Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada,senão o que vir fazer o Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho...O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou." (São João 5, 19-23)

São João da Cruz
Deus poderia dizer-nos:
«Uma vez que eu disse todas as coisas pela minha Palavra, o meu Filho, não me resta mais nada para te responder nem para te revelar... "Este é o meu Filho muito amado, em quem pus todo o meu amor, ouvi-o"(Mateus 17, 5)... Ouvi-o, pois não tenho mais nada a revelar, mais nada a manifestar.
Se, portanto, queres ouvir da minha boca uma palavra de consolação, olha para o meu Filho que me é submisso e que, por amor, se entregou à humilhação e à aflição, e verás o que ele te responderá. Se desejas que eu te revele coisas escondidas ou qualquer acontecimento, põe somente os olhos nele e verás encerrados nele profundos mistérios, uma sabedoria e maravilhas de Deus, de acordo com esta palavra do meu apóstolo: “Nele que é o Filho de Deus, estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus” (Colossenses 2, 3). Esses tesouros de sabedoria serão mais sublimes para ti, mais saborosos e mais úteis do que tudo o que poderias aprender em qualquer parte. Por isso, o mesmo apóstolo gloriava-se “de não saber mais nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado” (1 Coríntios 2, 2). Se queres visões ou revelações, sejam divinas, sejam corporais, olha-O, esse Deus feito homem, e aí encontrarás o que ultrapassa todos os teus pensamentos, pois o apóstolo Paulo diz ainda: “Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”(Colossenses 2, 9).»
Já não há, portanto, lugar para interrogar Deus como antigamente, e já não é preciso que Ele fale, pois toda a fé em Cristo foi promulgada. Não há mais fé a revelar nem nunca mais haverá.
S. João da Cruz (1542-1591)
Carmelita, Doutor da Igreja
A subida ao Carmelo, II, cap. 22

sábado, julho 07, 2007

A caridade, alma da missão

Evangelho segundo São Lucas 10,1-12.17-20
Se não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo acto de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera actividade filantrópica e social. Com efeito, o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas. O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste. Então, a mensagem salvífica poderia ser oportunamente resumida com as palavras do Evangelista João: "E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho unigénito para que, por Ele, tivéssemos a vida" (1 Jo 4, 9). O mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois da sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia do Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor morto e ressuscitado. A partir de então, a Igreja continua esta mesma missão, que constitui para todos os fiéis um compromisso irrenunciável e permanente.
Papa Bento XVI

sexta-feira, julho 06, 2007

54 Perguntas sobre Jesus Cristo e a Igreja

Jesus chegou a casar? O que se passou na Última Ceia? Quem foi Maria Madalena? O cinema e a literatura têm levantado recentemente algumas questões sobre a vida de Jesus. Uma equipa de professores universitários de História e Teologia responde às 54 perguntas mais frequentes.
Link: http://www.opusdei.pt/art.php?p=16374

terça-feira, julho 03, 2007

Os dois mandamentos do amor

São Basílio
Pergunta:
Para começar, pedimos que nos digam se os mandamentos de Deus se seguem por uma certa ordem. Há um primeiro, um segundo, um terceiro, e por aí fora?
Resposta:
O próprio Senhor determinou a ordem por que devem ser guardados os seus mandamentos. O primeiro e o maior é aquele que diz respeito à caridade para com Deus, e o segundo, que se lhe assemelha, ou, mais precisamente, o complementa e é sua consequência, diz respeito ao amor ao próximo...
Pergunta:
Falai primeiro do amor de Deus. Está claro que é preciso amar a Deus, mas como devemos amá-lO?...
Resposta:
O amor a Deus não se ensina. Ninguém nos ensinou a aproveitar a luz ou a defender a vida acima de tudo; também ninguém nos ensinou a amar os que nos puseram no mundo ou nos educaram. Do mesmo modo, ou ainda com mais forte razão, não é um ensinamento exterior que nos ensina a amar a Deus. Na própria natureza do ser vivo – quero dizer do homem – é deposta uma espécie de germe que contém em si o princípio dessa aptidão para amar. É à escola dos mandamentos de Deus que compete recolher esse germe, cultivá-lo diligentemente, alimentá-lo com zelo, e dilatá-lo mediante a graça divina.
Aprovo o vosso zelo, é indispensável ao propósito... É preciso saber que esta virtude da caridade é uma, mas que potencialmente ela abarca todos os mandamentos: «Pois aquele que me ama, diz o Senhor, cumpre os meus mandamentos» (Jo 14, 23), e ainda : «nestes dois mandamentos está contida toda a lei e os profetas» (Mt 22, 40).
São Basílio (c. 330-379),
Monge e bispo de Cesareia, na Capadócia
Doutor da Igreja

A Lei enraizada nos nossos corações

"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu." (São Mateus 5, 17-19)
Há preceitos da lei natural que, só por si, nos dão a justiça; mesmo antes do dom da Lei a Moisés, havia homens que observavam esses preceitos e eram justificados pela sua fé e agradavam a Deus. Esses preceitos, o Senhor não os aboliu mas alargou-os e levou-os à perfeição. É isso que provam estas palavras: "Foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Mas eu digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher e a cobiçar já cometeu adultério com ela no seu coração". E também: "Foi dito: Não matarás. Mas eu digo-vos: Todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão sem motivo, responderá por isso em tribunal" (Mt 5,21sg)... E assim sucessivamente. Todos estes preceitos não implicam uma contradição ou abolição aos precedentes, mas o seu cumprimento e a sua extensão. Como o próprio Senhor diz: "Se a vossa justiça não ultrapassar a dos escribas e dos Fariseus, não entrareis no reino dos Céus" (Mt 5,20).
Em que consistia essa ultrapassagem? Primeiro, em acreditar não só no Pai mas também no Filho agora manifestado, porque é Ele quem conduz o homem à comunhão e à união com Deus. Em seguida, em não dizer apenas mas em fazer, porque "eles dizem mas não fazem (Mt, 23,3), e em guardar-se não só dos actos maus, mas até do desejo deles. Ao ensinar isto, Ele não contradizia a Lei, mas cumpria a Lei e enraizava em nós as prescrições da Lei... Procurar abster-se não só dos actos proibidos pela Lei mas mesmo do seu desejo, não é obra de quem contradiz e abule a Lei; é obra de quem a cumpre e alarga.
Santo Ireneu de Lião (c. 130 - c. 208)
Bispo, teólogo e mártir
Contra as Heresias, IV, 13,3

domingo, julho 01, 2007

"Segue-me"

"Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. E foram para outra povoação. Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.» Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.» Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»" (São Lucas 9, 51-62)
O Salvador precedeu-nos no caminho da pobreza. Todos os bens do céu e da terra lhe pertenciam. Não representavam para ele nenhum perigo; podia usá-los mantendo sempre o seu coração inteiramente livre. Mas ele sabia que era impossível a um ser humano possuir bens sem se subordinar a eles e se tornar seu escravo. Por isso ele abandonou tudo e assim nos mostrou pelo seu exemplo, mais do que pelas suas palavras, que só possui tudo aquele que nada possui. O seu nascimento num estábulo e a sua fuga para o Egipto mostravam já que o Filho do homem não devia ter o direito de ter onde repousar a cabeça. Quem o quiser seguir deve saber que não temos aqui em baixo morada permanente. Quanto mais vivamente tomarmos consciência disso, mais ardentemente tenderemos para a nossa morada futura e exultaremos com o pensamento de que temos direito de cidadania no céu.
Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942)
Carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
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